Saiu no site EXAME
Veja publicação no site original: COVID-19: dupla jornada aumenta vulnerabilidade das mulheres, diz ONU
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Cerca de 70% das equipes de trabalho em saúde são formadas por mulheres, que também realizam a maior parte dos afazeres domésticos
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Por Rodrigo Caetano
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A pandemia causada pelo novo coronavírus pode acentuar os efeitos da desigualdade de gênero e piorar a vida das mulheres. O alerta foi dado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), organismo da ONU responsável por questões populacionais.
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Segundo a UNFPA, as mulheres estão mais expostas ao COVID-19 por estarem na linha de frente no combate à epidemia. Cerca de 70% das equipes de trabalho em saúde e serviço social são compostas por profissionais do sexo feminino. A conta inclui os trabalhos de enfermeiras, parteiras e trabalhadoras de saúde da comunidade.
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O fechamento de escolas é um fator adicional de preocupação, pois o trabalho doméstico recai, tipicamente, sobre as mulheres. Dados da Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (PNAD), do IBGE, apontam que a taxa de realização de trabalhos domésticos, em 2018, era de 92,2% para as mulheres e 78,2% para os homens. Em média, as mulheres dedicam 21,3 horas para essas atividades, enquanto os homens dedicam 10,9 horas.
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No Brasil, existem cerca de 35 milhões de lares chefiados por mulheres, ainda segundo o IBGE. “Hoje, a pandemia pelo coronavírus poderia causar um impacto significativo nos meios de subsistência das mulheres”, afirma a UNFPA.
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O estresse provocado pelo confinamento também pode aumentar o risco de abuso doméstico e outras formas de violência baseadas em gênero. A orientação da UNFPA é que os formuladores de políticas públicas incluam a perspectiva das mulheres no planejamento e na tomada de decisões sobre a pandemia.
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