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Consórcio lança Campanha do Laço Branco para combater cultura machista

Saiu no site REPÓRTER DIÁRIO

 

Veja publicação original: Consórcio lança Campanha do Laço Branco para combater cultura machista

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Por Leticia Vasconcelos

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O Consórcio Intermunicipal do ABC inicia no dia 20 a Campanha Regional Laço Branco, para estimular o engajamento dos homens no combate à violência doméstica e à cultura machista. Além de trabalho nas igrejas, a campanha terá ações de conscientização e enfrentamento silencioso, por meio de cartazes que veicularão a mensagem “homem de verdade não bate em mulher”, e ainda distribuição de laços brancos, o símbolo do movimento.  A ação segue até 10 de dezembro e será coordenada pelo Grupo de Trabalho (GT) Gêneros e Masculinidades desde 2016. Esse ano, o trabalho será concentrado nas igrejas presbiterianas da região.

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Segundo Eurico de Marcos Jardim, coordenador do GT, as igrejas exercem importante papel na formação do indivíduo, juntamente com a escola e a família. Jardim afirma que campanhas dessa natureza no Brasil são muito importantes, pois basta olhar o Mapa da Violência, que aponta o País com um dos mais violentos para as mulheres no mundo. “A campanha tem de ser permanente […] Violência não tratada é violência repetida, precisamos conversar com os homens e socorrer as mulheres”, diz o coordenador do GT, que lança oficialmente a campanha somente no dia 25.

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A campanha Laço Branco não nasceu no Brasil, mas no Canadá, após Marc Lepine cometer atentado na Escola Politécnica de Montreal, em 1989 e se suicidar em seguida. Ao todo 14 mulheres foram mortas por Lepine. O crime teve motivações ligadas às questões de gênero, pois o atirador deixou uma carta na qual declarava não aceitar que mulheres estudassem engenharia.

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No Brasil, o movimento se popularizou no final da década de 1990 e foi formalizado em 2007, com a lei federal Nº 11.489, que instituiu o dia 6 de dezembro como o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. No ABC, Diadema foi o primeiro município a se movimentar com a Campanha do Laço Branco, com a criação da lei Nº 2748/2008. Depois, foi seguida por Mauá e Santo André.

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E agora, José?

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Ainda sobre o tema, o Consórcio oferece o curso Gêneros e Masculinidades para servidores públicos. Com 20 semanas, o curso tem como objetivo educar homens para o combate à violência contra a mulher. Outro braço da instituição é o projeto E agora, José?, que promove tratamento e reabilitação para os agressores com curso similar ao oferecido para os servidores públicos.

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A ação já atendeu mais de 400 homens e conta apenas com um caso de reincidência. “O consórcio exporta tecnologia social […] Queremos integrar forças para acabar com a violência”, declara. Jardim afirma que essas medidas têm inspirado outros municípios a reproduzirem o modelo, como os contemplados pelo Condemat (Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê).

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A ideia é também levar esse tipo de projeto para outros lugares, como escolas e universidades. Na Fama – Faculdade de Mauá haverá palestra no dia 13 sobre estes temas. A atividade faz parte da avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) e avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação, em relação aos conteúdos programáticos, habilidades e competências adquiridas em sua formação.

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Na oportunidade será apresentada a Campanha Regional do Laço Branco. Segundo Jardim, a disseminação da mensagem de não violência contra as mulheres é muito importante. “É preciso sensibilizar os homens e chamar a atenção para as novas masculinidades, que permitirão a convivência harmoniosa entre as pessoas, em especial entre homens e mulheres”, justifica.

 

 

 

 

 

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