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Veja publicação original: Como identificar um relacionamento tóxico e superá-lo
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A gente precisa estabelecer prioridades e, principalmente, se colocar como prioridade. E um passo importante para isso é reconhecer o que nos afeta.
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Por Ana Beatriz Rosa
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“Tóxico” foi eleita a palavra do ano em 2018 pelo dicionário de Oxford. O termo esteve ligado a conversas sobre machismo, masculinidades, relacionamentos e meio ambiente.
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Para a psicologia, no entanto, “tóxico” também tem um significado bastante específico: É todo aquele comportamento destrutivo que pode ser adquirido ou reproduzido.
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Mas uma pessoa não pode ser simplesmente tóxica e ponto final. Ela precisa ser tóxica para alguma coisa específica, me explicou o psicólogo Flávio Voight.
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Por exemplo, uma pessoa tóxica tem comportamentos emocionais que te fazem mal, ou gatilhos relacionados à manipulação psicológica, ou reproduz discursos de ódio que te afetam. Enfim.
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“No fim das contas, a pessoa pode ser tóxica do jeito que quiser, mas a sua toxicidade só vai ter efeito enquanto for absorvida por alguém”, diz.
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(Aqui, um parêntese importante precisa ser feito: nem todo comportamento tóxico se restringe à um relacionamento abusivo com um parceiro, por exemplo. Você pode identificar esses comportamentos na sua relação com seus familiares, o seu chefe ou até com si mesmo.)
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Mas o que isso quer dizer exatamente?
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Bom, eu sou bastante fã da metáfora da máscara de gás, conhecem?
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Isso quer dizer que se você percebe alguns gatilhos de relações contaminadas, de comportamentos destrutivos, é preciso colocar a máscara e cuidar da nossa própria segurança para, então, compreender como auxiliar o outro.
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“Se algo lhe for tóxico, observe o que te obriga a estar próximo desse modo de agir. Tente perceber de que maneiras você pode evitar reproduzir esses hábitos, e pense em como não se afetar tanto emocionalmente quando esses comportamentos acontecem”, diz Flávio Voight.
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A gente precisa estabelecer prioridades e, principalmente, se colocar como prioridade. E um passo importante para isso é reconhecer o que nos afeta.
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Não à toa, existe outra palavrinha que está muito na moda por aí, a tal do detox.
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4 dicas de como evitar situações tóxicas
1. Escute o seu corpo
A gente tem uma grande ferramenta para perceber o que faz sentido ou não para a gente, que é a nossa sensação física. O conforto ou o desconforto que a gente sente ao passar por um sentimento ou uma situação diz muito sobre a gente. A pele grita, os músculos se retraem e eu me sinto ansioso.
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2. Se permita um processo de auto-atenção
Compreenda os seus sentimentos e as suas emoções. Compreenda o espaço que o outro ocupa na sua vida e como isso te afeta.
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3. Construa filtros
A gente tem a tendência de idealizar relações sejam elas familiares, profissionais ou amorosas. É preciso questionar aquelas regrinhas que a gente considera como o modelo-do-relacionamento-perfeito para entender, de fato, o que faz bem para a gente.
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4. Desenvolva a sua inteligência emocional
A inteligência emocional é uma aptidão construída. Ela se desenvolve quando a gente vive com atenção os nossos processo emocionais. Mas somente a vivência não é suficiente. Eu posso viver 10 relacionamentos e ainda assim não perceber o que é um relacionamento abusivo. A inteligência emocional é agregar às nossas vivências a nossa capacidade de observação e fazer disso tudo uma forma de viver mais leve, com a capacidade de reconhecer cada situação e como a gente pode reagir à elas de formas diferentes.
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