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Comissão da ONU debate medidas para combater atual reação contra feminismo

Saiu no site UNIVERSA

 

Veja publicação original:  Comissão da ONU debate medidas para combater atual reação contra feminismo

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A Comissão da ONU sobre a Condição Jurídica e Social da Mulher abriu nesta segunda-feira suas reuniões anuais dedicadas a tratar a atual reação contra o feminismo e os avanços na igualdade de gênero.

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“É preciso dizer o que acontece. Ao redor do mundo há um empurrão contra os direitos das mulheres“, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na abertura da Comissão.

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Guterres advertiu que essa reação é “profunda” e “implacável” e está tendo consequências em muitos âmbitos, começando por um aumento da violência contra as mulheres e, sobretudo, contra as ativistas e as envolvidas na política.

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O chefe das Nações Unidas chamou a atenção sobre o “assédio” sofrido por muitas mulheres na internet, o aumento de feminicídios em alguns países e a eliminação de proteções legais contra a violência doméstica e a mutilação genital feminina.

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“Temos uma batalha nas mãos e é uma batalha que devemos ganhar juntos”, ressaltou o diplomata português, que avisou também sobre o impacto das agendas “nacionalistas, populistas e de austeridade” que estão danificando o tecido social, aumentando desigualdades, dividindo comunidades e atacando os direitos da mulher.

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Após uma última edição marcada pelo movimento #MeToo, a sombra dessa reação contra o feminismo plana sobre a Comissão sobre a Condição da Mulher, a grande reunião anual das Nações Unidas sobre igualdade de gênero, que terminará em 22 de março.

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A ONU Mulheres, a agência da Organização das Nações Unidas, chamou também a atenção sobre essas tentativas para diminuir os direitos da mulher e pediu medidas mais valentes a favor da igualdade.

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“Hoje, peço para nos apoiarmos em mudanças duradouras, que possam sobreviver aos golpes de climas políticos que possam não ser adequados aos direitos das mulheres”, afirmou no seu discurso seu diretora-executiva, Phumzile Mlambo-Ngcuka.

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A volatilidade econômica, o aumento dos conflitos e a instabilidade, além da redução de espaços democráticos, são outros fatores sobre os quais a ONU Mulheres põe a atenção neste ano.

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Diante dessa situação, o eixo central desta Comissão sobre a Condição da Mulher é o papel dos sistemas de proteção social, do acesso a serviços públicos e das infraestruturas na luta pela igualdade.

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Segundo a ONU Mulheres, boas políticas de proteção social e infraestruturas adequadamente planejadas são fundamentais para a mulher em muitos lugares do mundo.

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Entre outras questões, a Comissão discutirá proteções para a maternidade, cuidado infantil acessível, pensões, transporte e segurança.

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Um dos elementos-chave do debate é o fato de que cerca de 740 milhões de mulheres no mundo todo trabalham atualmente na economia informal, com acesso muito limitado a serviços sociais e proteções básicas.

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No marco da Comissão da Mulher, a sede da ONU em Nova York será palco de dezenas de atos paralelos, incluída uma reunião na terça-feira com presidentas e primeiras-ministras para falar de suas experiências na política.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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