Saiu no site REVISTA COSMOPOLITAN:
Veja publicação original: Coletivo busca fortalecer o papel da mulher na fotografia
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Por Malu Pinheiro
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Pétala Lopes e Camila Svenson criaram o Coletivo Amapoa após colocarem em prática um projeto que documenta as mulheres lésbicas de São Paulo.
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O Coletivo Amapoa foi criado em 2016 por duas amigas fotógrafas, Pétala Lopese Camila Svenson, que queriam fortalecer o papel da mulher no mercado do audiovisual, especialmente na fotografia documental. Conversamos com elas para entender melhor como funciona o Coletivo e quais mensagens que elas querem passar através de suas fotos.
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“A fotografia nos uniu, já somos amigas há uns sete anos e sempre tivemos uma sensibilidade muito parecida para a fotografia. Há quase dois anos, resolvemos dar início a um projeto para documentar as mulheres lésbicas de São Paulo, porque nós somos mulheres lésbicas em São Paulo e sabíamos que isso não existia”, contou Pétala. O projeto, sem muita pretensão, começou com uma publicação no Facebook de Pétala e Camila: “Coletivo de fotógrafas procura mulheres lésbicas em São Paulo”. Em uma semana, elas receberam mais de 200 emails de interessadas na proposta. “Foi a partir daí que entendemos como um trabalho coletivo nesse meio era importante, tal como a criação de um selo para isso. Foi assim que criamos a Amapoa“.
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Pétala e Camila, então, começaram a marcar alguns encontros com essas mulheres para um bate-papo e, depois, iam fotografa-las em suas casas. “Fizemos isso com umas 20 meninas e aí começamos a ver que as relações acabavam se cruzando, transgredia o projeto. Criamos um vínculo muito mais afetivo com essas mulheres, então a gente sabe que esse será um projeto sem fim, vamos fotografar para sempre, porque tem a ver com a nossa essência”.
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.(Coletivo Amapoa/Divulgação)
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Depois de formado o Coletivo, elas passaram a ir atrás do mercado audiovisual, de fato. “Nós pegamos uma lista de várias editoras que queríamos trabalhar e criar conteúdo. Marcávamos entrevistas e as pessoas até demonstravam interesse, mas na hora de dar o trabalho a preferência ainda era (e é) por homens famosos no meio. As pessoas achavam o debate legal, mas sempre somos chamadas para falar sobre ele, mas pouco sobre o nosso conteúdo autoral“.
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Os temas retratados pela Amapoa são diversos, mas sempre com um elo em comum: mulheres. “Buscamos temas que importam, que nos preocupam. Nossa vontade é retratar temas genuínos. Nos perguntamos quem é o outro e por que essa pessoa nos chama a atenção”. Pétala contou que sempre teve uma visão bem politizada sobre a fotografia e Camila agrega com um lado mais sensível e estético. “O universo da mulher meio que abocanha a gente sem a gente perceber porque já estamos inseridas nele“, diz Camila.
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Camila também reforça que o objetivo delas não é passar nenhuma mensagem específica, mas ter cuidado com o outro. “A gente sabe que o nosso trabalho é uma ficção, mas a gente busca construir isso de forma ética, pensando em narrativas que sejam as mais horizontais possíveis“. Pétala reforça: “Nosso trabalho sai de um lugar muito genuíno, tanto que até perdemos um certo controle dele, trouxemos mais para o âmbito pessoal. Queremos falar com o outro e não pelo outro. Nós não somos todas as mulheres, então não podemos falar por todas elas“.
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