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Cineclube do DF exibe filmes de terror brasileiros dirigidos por mulheres

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Veja publicação original: Cineclube do DF exibe filmes de terror brasileiros dirigidos por mulheres

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Por  Luiza Garonce

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A primeira mulher a dirigir um longa-metragem de horror no Brasil foi Cleo de Verberena (1909- 1972), com “O mistério do dominó preto”, de 1930. Empoderar-se do espaço tradicionalmente ocupado por homens pode ser o terror da ala masculina, mas, nesta quinta-feira (19), o clima de tensão vai promover o debate.

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Debate promovido pelo Cine Cleo no Teatro Dulcina de Moraes sobre cinema produzido por mulheres (Foto: Thaís Mallon/Divulgação)Debate promovido pelo Cine Cleo no Teatro Dulcina de Moraes sobre cinema produzido por mulheres (Foto: Thaís Mallon/Divulgação)

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Três filmes de horror dirigidos por brasileiras serão exibidos a partir das 19h no Cine Cleo, na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Em seguida, haverá um debate sobre o gênero e a participação das mulheres na indústria do audiovisual.

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As histórias não perpassam o mundo feminino e tampouco as causas feministas, mas trazem o olhar de mulheres sobre isolamento, solidão, ansiedade social e morte.

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“Não tem tanta diferença do horror feito por homens, mas os olhares são outros”, explicou a cineasta e idealizadora do projeto Natália Pires. “As mulheres lidam com o medo de outras formas, isso nos acompanha diariamente.”

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Cena do filme "A mão que afaga", de Gabriela Amaral (Foto: A mão que afaga/YouTube/Reprodução)Cena do filme “A mão que afaga”, de Gabriela Amaral (Foto: A mão que afaga/YouTube/Reprodução)

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Mesmo assim, a produtora aposta que a presença delas no gênero vai deixar o público admirado. “Eu acho que as pessoas vão se surpreender, porque, infelizmente, a gente associa filmes feitos por mulheres com o que se considera femino”, disse Natália.

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“Estudos mostram que o papel da mulher no cinema está, geralmente, associado a um homem. Há sempre um relacionamento, uma tentiva de encontrar o par ideial e características consideradas femininas.”

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Os filmes exibidos são:

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“A casa de Cecília”, de Clarissa Appelt
Coisas assustadoras acontecem na casa da protagonista enquanto ela está sozinha.

Cena do filme "A casa de Cecília", de Clarissa Appelt (Foto: A casa de Cecília/Divulgação)Cena do filme “A casa de Cecília”, de Clarissa Appelt (Foto: A casa de Cecília/Divulgação)

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“O duplo”, de Juliana Rojas
Uma professora passa a ver um fantasma de si mesma depois que um aluno diz que este “duplo” a acompanha.

Cena do filme "O duplo", de Juliana Rojas (Foto: O duplo/Divulgação)

Cena do filme “O duplo”, de Juliana Rojas (Foto: O duplo/Divulgação)

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“A mão que afaga”, de Gabriela Amaral
Um operadora de telemarketing passa por experiências estranhas ao comemorar o aniversário de 7 anos do filho.

Cena do filme "A mão que afaga", de Gabriela Amaral (Foto: Matheus Rocha/Divulgação)

Cena do filme “A mão que afaga”, de Gabriela Amaral (Foto: Matheus Rocha/Divulgação)

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Por e para mulheres

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O protagonismo feminino é o cerne do Cine Cleo, criado em outubro do ano passado por diretoras, pesquisadoras, atrizes, produtoras e técnicas de audiovisual. Com frequência quinzenal, o cineclube ocorre todas as quintas-feiras e aborda temas de interesse social e de gênero.

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“Aqui se vê muitos filmes que estão fora do circuito tradicional. Mas acho que a parte mais legal vem depois, com o debate. Ali, nós aprofundamos as questões. É um espaço de escuta e de reflexão”, disse a idealizadora Natália Pires.

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Idealizadoras e produtoras do cineclube "Cine Cleo" que ocorre quinzenalmente no Teatro Dulcina de Moraes, em Brasília (Foto: Ivan Viana/Divulgação)Idealizadoras e produtoras do cineclube “Cine Cleo” que ocorre quinzenalmente no Teatro Dulcina de Moraes, em Brasília (Foto: Ivan Viana/Divulgação)

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“Tem muitos filmes que abordam o feminismo, que é um assunto ainda muito latente, apesar de ser uma luta antiga. Mas tem muitos filmes que não, que abordam simplesmente um ponto de vista, que é de uma mulher.”
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Já passaram pelo Cine Cleo assuntos como maternidade, velhice, cinema feito por mulheres negras e filmes com mulheres na direção de fotografia. Segundo Natália, ainda vem por aí a produção feminina no Distrito Federal – mas sem data marcada.

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