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Cerca de 19 mulheres são agredidas diariamente na Capital

Saiu no site O ESTADO 10 / MS:

 

Veja publicação original: Cerca de 19 mulheres são agredidas diariamente na Capital

 

Entre janeiro e junho, foram registrados 3.540 casos do crime na Casa da Mulher

 

Por Luis Vilela Assumpção

 

Delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Campo Grande, Ariene Murad, em entrevista.

 

Segundo a delegada titular da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), Ariene Murad, entre os meses de janeiro e junho deste ano foram registrados 3.540 casos de violência doméstica em Campo Grande. Baseando-se nos dados, cerca de 19 mulheres são agredidas diariamente na Capital.

 

Apesar de altos, os números foram inferiores em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 3.606 casos, cerca de 2,84% a mais que neste ano.

 

Quanto a feminicídio, homicídio cometido contra a mulher por um companheiro ou ex, foram quatro casos consumados e sete de forma tentada em Campo Grande, no mesmo período.

 

A delegada explica que o aumento das denúncias se deve também pela forma com que o tema tem sido divulgado para a sociedade. “É muita campanha de divulgação, Campo Grande está diferente do interior do Estado. O Estado, por meio da Subsecretaria da Mulher, está tentando aumentar campanhas para prevenção e denúncias contra a violência doméstica.”

 

Diferente da Capital, o interior registrou um aumento nos registros de violência doméstica. De acordo com dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), o aumento foi de cerca de 3% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

 

“O fenômeno que aconteceu em Campo Grande, em 2015, quando o número de denúncias dobrou, agora está acontecendo no Estado, pois as mulheres estão buscando seus direitos”, explica Ariene.

 

Se enquadra no crime a violência física, moral, psicológica, patrimonial ou sexual

 

O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, José Carlos Barbosa, afirmou que o Estado tem investido na segurança das mulheres.

 

“O Estado tem facilitado a procura das mulheres para denunciar os maridos, e só com o tempo nós poderemos ter uma estatística correta para verificar se é a melhoria das condições de ambiente policial, das delegacias e Casa da Mulher, oferecendo segurança e empoderamento para que elas possam denunciar. Nós poderíamos saber se estamos tendo aumento, ou estamos trazendo a figura silenciosa, que durante anos suportava a violência dos maridos sem procurar a polícia; acredito que devemos estar atentos e fortalecer nossas polícias nas criações das Delegacias da Mulher”, fala Barbosinha.

 

Na Deam, as vítimas são recepcionadas pelo setor de recolhimento e triagem, que orientam sobre os serviços da casa, depois vão para o setor psicossocial, e vão registrar o boletim de ocorrência e o pedido de medida protetiva.

 

“Se ela está com testemunha, ela já é chamada para formalizar a declaração, o boletim se transforma em um inquérito policial que é remetido para uma das varas de violência do fórum”, explica a responsável pela delegacia.

 

A delegada da mulher explica que se enquadra como violência doméstica qualquer tipo de violência física, moral, psicológica, patrimonial ou sexual praticado contra uma mulher, tendo uma relação doméstica familiar.

 

A população também pode denunciar casos de agressão à mulher, mesmo que a vítima não queira apresentar queixa, por meio do telefone 180

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