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Caso de violência doméstica denunciado por amiga da vítima choca policiais militares; autor foi preso em flagrante

Saiu no site JNE / CAMPO GRANDE:

 

Veja publicação original: Caso de violência doméstica denunciado por amiga da vítima choca policiais militares; autor foi preso em flagrante

 

Uma mulher não suportando mais ver a amiga apanhar do marido, acionou a Polícia Militar de Aquidauana na manhã do último sábado (15). Durante o atendimento, disse ainda que o autor agredia a vítima com socos, chutes, facadas e a impedia de deixar a residência.

 

De acordo com informações da Polícia Militar, a equipe do Grupamento Especializado e Tático em Ações Motorizadas – GETAM, se deslocou até a residência do casal e em conversa com os dois, a esposa negou os fatos. Apesar da negativa, os policiais viram que a mulher, de 25 anos, tinha marcas de possível violência doméstica. Conversando separadamente com a vítima, ela acabou confessando que a denúncia era verdadeira.

 

Ela narrou aos policias que o esposo, Argemiro Ribeiro Souza Filho, 30 anos, chegou bastante alterado e violento na noite de sexta-feira (14). Não suportando mais essa situação, disse ao marido que ia sair de casa, por não aguentar mais essa vida, momento em que ele desferiu vários socos e chutes contra a vítima.

 

Ainda de acordo com a Polícia, não satisfeito, o homem foi até a cozinha e voltou empunhando uma faca pequena desferiu um golpe nas costas da jovem. Vendo ela chorar e percebendo que isso chamaria a atenção dos vizinhos, ele foi a cozinha novamente e retornou com uma faca grande, onde passou a dar pranchaços (gíria popular que se refere a “bater de prancha”, com a lateral da lâmina da faca) por todo o corpo da vítima e, por fim, cortou os pneus da bicicleta da jovem, para ela não sair.

 

As agressões resultaram em lesões pelo corpo, mais gravemente notada no corte de aproximadamente 10cm feito à faca nas costas da vítima, bem como os hematomas nos braços e pernas em ocasião dos pranchaços desferidos. Não bastasse as evidências físicas, a vítima se demonstrava emocional e psicologicamente abalada, completamente amedrontada pela violência sofrida, o que chocou os policiais militares.

 

Diante de tamanha situação de violência sofrida, os militares deram voz de prisão ao autor que, num primeiro momento, quis esboçar reação, mas foi contido, dominado, algemado e devidamente detido. A equipe recolheu as facas utilizadas no crime e ao perguntar à vítima se no interior da residência havia alguma arma de fogo, a mesma ainda muito abalada não respondeu, mas permitiu a entrada dos policiais que, durante a revista, encontraram – sob o guarda-roupas do casal – uma arma de fogo, calibre .28 e três capsulas de mesmo calibre, sendo uma intacta e duas deflagradas.

 

Argemiro, bem como as armas apreendidas, foi conduzido à Delegacia de Polícia, onde deve permanecer preso até que o Poder Judiciário Estadual se manifeste sobre o caso. Ele pode ficar preso ou ser liberado na audiência de custódia. Já a vítima foi encaminhada ao pronto-socorro, onde permaneceu sob cuidados médicos.

 

Apesar da polícia lidar com inúmeras situações e ocorrências no decorrer do trabalho desempenhado, o caso citado deixou os policiais que atenderam a solicitação chocados. Mesmo a vítima negando o fato, por medo do companheiro, os militares não deixaram o local de imediato. “Vimos uma moça completamente refém do medo, mesmo quando ela disse que estava tudo bem, percebemos um medo profundo em seus olhos. Não podíamos, simplesmente, virar as costas e acreditar naquilo que ela falava, precisávamos tomar uma atitude, pois tínhamos certeza de que a vida dela estava em risco”, disse um dos policiais que atendeu a ocorrência.

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