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Veja publicação original: Camila Pitanga: “No país, todo jovem negro parece ter um alvo na testa”
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Diretora do Movimento Humanos Direitos e Embaixadora Nacional da ONU Mulheres, a atriz Camila Pitanga tem exercido um dos mais importantes papéis de sua vida na luta pelos direitos da mulher e da população negra.
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Sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, que completou um mês no último dia 14 e continua, por enquanto, sem respostas, Camila escreveu para a revista “Cosmopolitan Brasil” de abril.
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“Marielle Franco alertou, foi ouvida e, por ser tão ouvida, foi morta; mas jamais silenciada. Marielle, presente. Camila, presente. Todas as vidas negras, presentes”, pontuou.
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Para Camila, o assassinato da vereadora tem ligação direta com as bandeiras que defendia e, portanto, com seu forte combate ao racismo que não só exclui, mas acaba vitimando jovens.
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“Negros excluídos em lugares sem o básico para sobreviver. A única mão que o Estado brasileiro estendeu à população negra, até o momento, é a que nos açoita. No meu país a cor da pele determina quem tem três vezes mais chance de ser assassinado. Que igualdade é essa?”, questiona.
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Ela ainda afirma que é importante que brasileiros, de quaisquer tons de pele, se unam frente a esta violência. “Quando eu digo que a vida negra importa, não relativizo a vida dos brancos. Pelo contrário, estou convocando você à luta. Lembrando a você, irmão e irmã, o óbvio: que a vida do negro também importa e que estamos abandonados”, diz.
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“Estou gritando por uma união que representa “socorro” em um país onde todo jovem negro parece ter um alvo na testa. E se continuarmos nos calando, se não gritarmos que essas vidas importam, seguiremos enterrando nossos filhos”.
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Ela ainda conclui: “Ser brasileiro é exaustivo para todos nós. Ser brasileiro e negro é quase insustentável!”
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