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Quando o presidente Joe Biden pronunciou, na quarta-feira, seu primeiro discurso em uma sessão conjunta do Congresso, o Capitólio estava assustadoramente vazio, em circunstâncias extraordinárias que destacaram as marcas deixadas pela pandemia e o ataque em janeiro que abalou o templo da democracia americana.
Apenas duzentos legisladores – com máscaras e distantes uns dos outros – sentaram-se no plenário da Câmara de Representantes, o mesmo local onde os congressistas se reuniram para certificar a vitória eleitoral de Biden em 6 de janeiro, quando uma turba violenta os obrigou a fugir aterrorizados.
“Enquanto nos reunimos aqui esta noite, as imagens de uma multidão violenta invadindo este Capitólio – dessacralizando essa democracia – continuam muito vivas em nossas mentes”, disse o presidente em um discurso marcando seus primeiros 100 dias no poder.
Esta foi a primeira vez que falou ao plenário desde o violento ataque ao Capitólio, e Biden lembrou que os legisladores tiveram que fugir naquele dia usando máscaras de gás.
Como um lembrete palpável da tomada violenta que chocou a opinião pública americana, as imediações do Capitólio seguem cercadas e os agentes da Guarda Nacional guardam a área.
Os corredores do prédio estavam praticamente vazios e os passeios que atraem turistas e visitantes foram suspensos.
A realidade de um país que apesar da elevada taxa de vacinação continua o combate contra a pandemia também marcou a cerimônia, em que não houve convidados externos e a lotação foi reduzida a 200 legisladores, de um total de 538 entre deputados e senadores.
John Roberts, presidente da Suprema Corte, foi o único da instituição. De todo o gabinete de Biden, apenas o chefe da diplomacia, Antony Blinken, e o chefe do Pentágono, Lloyd Austin, estavam presentes. O resto do governo assistiu ao discurso pela televisão.