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“O que afirmo é que minha mulher não irá votar”. A declaração do parlamentar Coelho Campos, em 1891, dá o tom dos posicionamentos que impediram o Brasil de ser a primeira nação do mundo a autorizar o voto feminino. Na ocasião, o país discutia a elaboração da primeira Constituição da República e a possibilidade de sufrágio para elas recebeu o apoio de 31 constituintes. No entanto, em plenário, a pressão foi maior e a ideia não vingou.
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Foi somente em 1932, mais de quatro décadas depois, que o direito das mulheres ao voto se tornou realidade. Ainda assim, apenas para as alfabetizadas e empregadas. De lá para cá, não é exagero usar a palavra atraso para o processo de inclusão feminina na política brasileira. Na América Latina, por exemplo, o país figurou em nono lugar, entre onze países, em um índice de direitos e participação política de mulheres, divulgado em setembro pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e a ONU Mulheres, com o apoio da organização IDEA Internacional.
“Para visualizar o tamanho do retrocesso, a Arábia Saudita tem mais mulheres na política do que nós””