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Brasil desigual: Mulheres recebem 24% a menos que os homens

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O rendimento médio mensal real de homens acima de 15 anos foi de R$ 2.058 em 2015, comparado a R$ 1.567 para mulheres. Os dados de emprego são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad 2015), divulgada nesta sexta-feira (25) pelo IBGE.

Em termos proporcionais, as mulheres receberam, em média, 76,1% do rendimento de trabalho dos homens em 2015, o que representou um aumento de 1,6 ponto percentual em relação a 2014, quando essa proporção foi de 74,5%.

O rendimento médio mensal dos brasileiros em geral foi estimado em R$ 1.853, valor 5% inferior ao apurado em 2014, quando era R$ 1.950.

As diferenças do rendimento de gênero variam entre os estados. Em Roraima, em média, as mulheres receberam R$ 1.788, valor 0,8% maior que o rendimento médio dos homens.

Já no Rio de Janeiro, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Mato Grosso do Sul, os rendimentos das mulheres alcançaram três quartos ou menos do valor da remuneração dos homens.

No ano passado, 22% dos homens ocupados receberam até 1 salário mínimo, enquanto para as mulheres essa proporção foi de 30,4%. Havia ainda, proporcionalmente mais mulheres ocupadas sem rendimento ou recebendo somente em benefícios (8,5%) do que homens (4,5%).

Educação

No ano passado, 52% da população com 25 anos ou mais estava concentrada nos níveis de instrução até o ensino fundamental completo ou equivalente. Outros 26,4% tinham o ensino médio completo, e 13,5% possuíam o superior completo.

O número médio de anos de estudo para o Brasil era de 7,8 anos em 2015. O Sudeste apresentou a maior média (8,5 anos), enquanto as regiões Nordeste e Norte, tiveram as menores médias (6,7 e 7,3 anos, respectivamente). O indicador mostra crescimento no nível de estudos ao longo do período de 2004 a 2015, em todas as regiões.

O número médio de anos de estudo das mulheres foi maior que o observado entre os homens, tanto para o conjunto do País (8 anos e 7,6 anos, respectivamente).

Emprego

Menos da metade da população feminina de 15 anos ou mais de idade estava ocupada em 2015 (48%), enquanto entre os homens o nível da ocupação chegava a 70,2%.

Em 2015, a população ocupada no Brasil foi de 94,8 milhões de pessoas, o que representou uma queda de 3,9% em relação a 2014, quando foi registrado um total de 98,6 milhões de pessoas. Esse foi o primeiro recuo desde o início da série iniciada em 2004.

Estão nessa categoria brasileiros que na semana de referência em que os dados foram coletados tinham trabalho, mesmo que não seja com carteira assinada.

Da população considerada desocupada, ou seja, sem emprego e à procura de uma vaga, mais da metade (53,6%) em 2015 eram mulheres. Comparado a 2014, essa proporção reduziu 3,1 pontos percentuais.

O total de brasileiros nesse grupo foi de 10,0 milhões em 2015. Em relação ao ano anterior, houve um crescimento de 38,1%, correspondendo a 2,8 milhões de pessoas a mais nessa condição.

Já a taxa de desocupação – relação entre pessoas desempregadas e a população economicamente ativa, que é o total de brasileiros dispostos a estarem no mercado de trabalho – entre as mulheres era de 11,7% no último ano, enquanto para os homens a estimativa foi de 7,9%. Frente a 2014, o crescimento desse indicador foi mais acentuado entre as mulheres (2,9 pontos percentuais) vis à vis aos homens (2,6 pontos percentuais).

Para o total da população, a taxa de desocupação foi de 9,6%, representando um crescimento de 2,7 pontos percentuais em relação a 2014.

 

Publicação Original: Brasil desigual: Mulheres recebem 24% a menos que os homens

 

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