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Veja publicação original: Até quando nossas filhas, mães, irmãs e amigas serão agredidas?
Até quando nossas filhas, mães, irmãs e amigas serão agredidas? Dessa vez, a vítima foi minha filha, de 20 anos. A agressão sofrida por ela aumentou a cruel estatística dos crimes contra a mulher. Como mãe e Procuradora Especial da Mulher da Câmara Legislativa (ProEM), não posso me calar diante da covardia que humilha e mata centenas de mulheres, todos os dias.
Como acompanho de perto os números da violência contra a mulher, sei que mais de 500 mulheres são vítimas de agressão física, a cada hora, no Brasil. Os dados são do Datafolha. Encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a pesquisa mostra que, em 2016, 503 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora no País. Isso representa 4,4 milhões de brasileiras – 9% do total das maiores de 16 anos. A pesquisa mostra 9% das entrevistadas relatam ter levado chutes, empurrões ou batidas; e 10% dizem ter sofrido ameaças de apanhar. Além disso, 22% afirmam ter recebido insultos e xingamentos ou terem sido alvo de humilhações (12 milhões) e 10% (5 milhões) ter sofrido ameaça de violência física.
Esses números devastadores tiram vidas e mutilam a alma. Mas muitas mulheres continuam caladas diante da violência. Na consulta do Datafolha, 52% das mulheres não fizeram nada após a agressão. Mas denunciar é fundamental. O silêncio motiva crimes hediondos e graves violações de direitos humanos. Minha filha denunciou e eu não vou me calar, jamais.
É preciso um esforço do Estado, da sociedade civil e da imprensa para mudar essa realidade. Não bastam leis punitivas. Um sistema preventivo e um processo educativo são necessários. Conviver com a banalização da violência contra a mulher é inaceitável.
No ProEm, ouvimos realtos diários de covardias contra a mulher. Aquelas que têm tido a coragem de denunciar temos ajudado.
Deputada Celina Leão (PPS-DF),
Procuradora Especial da Mulher da CLDF
DEAM – Delegacia de Atendimento a mulher
Plantão Celular
DEAM 98494- 9302
Denuncie! WhatSapp
(61) 98626-1197
Centra de Atendimento a Mulher
Denuncie! 180
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