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Veja publicação original: Assédio. Uber despede 20 funcionários depois de queixas
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Um total de 215 queixas de assédio – incluindo várias denúncias de assédio sexual – foram feitas à administração da Uber nos últimos meses.
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A Uber comunicou, numa carta aos seus funcionários, a decisão de despedir mais de 20 funcionários da empresa na sequência de uma investigação interna levada a cabo pela empresa após denúncias de assédio dentro do ambiente de trabalho desde 2012, de acordo com a Bloomberg. Foi o próprio diretor executivo da Uber, Travis Kalanick, que ordenou abertura de investigação sobre os casos de assédio.
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De acordo com a Bloomberg, um total de 215 queixas de assédio – incluindo várias denúncias de assédio sexual – foram feitas à administração da Uber nos últimos meses. Destas, cerca de 100 das queixas apresentadas não foram levadas adiante, após a investigação da consultora Perkins Cole, que acontece paralelamente a um inquérito mais amplo conduzido pelo ex-secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder. Segundo a Uber, a empresa tomou medidas em 58 casos e decidiu que, noutros 100, não seria necessária nenhuma ação punitiva na sequência das queixas. Outras investigações estão ainda a decorrer. Apesar de ter comunicado os despedimentos, a Uber não forneceu aos funcionários a listagem dos mais 20 trabalhadores agora demitidos.
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Na sequência dos despedimentos, a Uber decidiu reforçar as relações com os funcionários com vista a investigar melhor as denúncias, bem como aumentar drasticamente o nível de formação profisisonal aos gestores da empresa, os quais na sua maioria assumem o cargo de chefia pela primeira vez.
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A investigação sobre assédio sexual nos escritórios da Uber começou em fevereiro, depois de uma ex-funcionária, Susan Fowler, ter alegado que uma das suas chefias diretas usou o programas interno de mensagens da empresa para a convencer a “fazer sexo com ele”. Como prova, Fowler apresentou os screen shots destas mesmas mensagens.
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As acusações de Fowler, que trabalhou como engenheira na Uber entre novembro de 2015 e dezembro de 2016, foram publicadas no seu blog pessoal no dia 19 de fevereiro. A ex-trabalhadora revelou ainda que o departamento de recursos humanos e gestão da Uber se recusou a punir o agressor porque ele tinha “um alto desempenho”.
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Além desta mais recente investigação que está ainda a ser feita pela consultora Perkins Cole, outro inquérito aos problemas no ambiente de trabalho da Uber está a decorrer. Os dados da investigação de Eric Holder e do seu escritório de advocacia, Covington & Burling, já foram divulgados ao conselho de administração da Uber, mas os resultados dos mesmos e respetivas consequências ainda não foram divulgadas.
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