Saiu no site REVISTA CLAUDIA :
Veja publicação original: Assédio na maturidade
“Tem homem que gosta de mulher madura. Acha que por sermos rodadas e vividas, tudo pode”
Por Kika Gama Lobo
Já não temos mais aquele peito durinho, aquela bunda empinada, a barriga tanquinho, coxas roliças e lábios de mel. Mas a mulherada 50+ está batendo um bolão e por isso decidi refletir sobre o assunto do momento: ASSÉDIO. Duvido, mudo meu nome, pago prenda se qualquer cinquentona não tem sua história de bulinação, cantadas insistentes, violência sexual para contar. O fantasma reside no passado, mas ainda hoje vivemos esta onda de ataques. E pior, no nosso caso, com uma selvageria a mais: a gratidão.
Tem mulher madura que se deixa apalpar; transa com qualquer um; se entrega a jovens achando que dar para um homem mais novo é prêmio e por aí vai…. Na academia, em uma aula de power ballet, ouvi alguns relatos estranhos de mulheres maduras que bradavam terem sido cantadas por motoristas de Uber e consentido o ato. Aquilo deu um nó na minha cabeça… como assim? Se já não somos mais carne nova, fresca, viramos comida de segunda?
Fica aqui um alerta. O movimento #MeToo #TimesUp #Mexeucomumamexeucomtodas precisa respingar e fazer refletir em qualquer fase da vida feminina. Não é porque estamos na menopausa, num caminho mais tranquilo da sexualidade, que devemos encarar como normal o galanteio extremo do predador.
Ouço histórias de violência sexual de homens que se masturbam na frente de mulheres maduras porque sabem que elas irão “agradecer”. Oi? E boquete feito por balzacas envergonhadas em homens mais novos? Cuméquié? Até a máxima que trepar com mulher mais velha não gera filho, permite, a abusadores, atos sem maiores consequências. É tanta nojeira que espero que a mulherada mais velha abra o bico. Não vai ficar pedra sobre pedra. O palanque está aberto. Vomitem!