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Assédio e as mulheres: não silencie o abuso

Saiu no JORNAL FATO

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O assédio moral e sexual nas organizações é um assunto muito sério e preciso em sua discussão

O assédio moral e sexual nas organizações é um assunto muito sério e preciso em sua discussão, pois são vidas de pessoas que estão em jogo. Observando as notícias nos jornais, revistas, internet, rede sociais, esse assunto infelizmente é muito comum na sociedade brasileira e no próprio mercado de trabalho.

Nesta semana o noticiário foi tomado com uma denúncia de assédio moral e sexual de uma mulher contra o seu superior hierárquico, com áudios vazados que demonstram a urgência de se romper com os silêncios institucionais criados no mercado de trabalho contra as mulheres. Precisamos entender que ter direito a voz é ter direito a uma humanidade, e quando esse direito é silenciado por meio de um assédio moral ou sexual, a minha humanidade é negada.

E o assédio moral é uma espécie de violência que consiste em uma série de situações vexatórias de perseguição por atos repetitivos, causando humilhação, constrangimento e ofendendo a dignidade de um trabalhador. Elas visam diminuir, inferiorizar, isolar e desestabilizar mentalmente o empregado no seu próprio ambiente de trabalho, causando abalos físicos e mentais no indivíduo. Já o assédio sexual assédio sexual é uma situação mais grave moralmente. Caracteriza por intimidar alguém com gestos, palavras, ações com a intenção de agregar vantagem sexual, pelo privilégio muitas vezes pela condição hierárquica dentro da empresa em função de sua atuação. A finalidade é a relação sexual, através de ameaças a instabilidade do emprego do assediado, mesmo que ocorra uma única vez estas chantagens e a relação não se concretiza.

As mulheres nunca foram tímidas ou incompetentes perante o mercado de trabalho, elas são na verdade invisibilizada pelo mercado e pelo sistema patriarcal, pelo silêncio perante as violências que sofrem dentro do ambiente laboral. Quanto silêncio compõe uma mulher dentro de um mercado de trabalho?

Quando faço a leitura de Audre Lourde, que fala da importância de se falar, se não o peso do silêncio vai acabar nos engasgando, percebe-se o quanto é importante à narrativa de romper com o silêncio dessas mulheres que sofrem assédio dentro do trabalho, levando assim para o judiciário os detentores desses abusos sexuais e morais.

Enquanto ser mulher perante o mercado de trabalho não for algo real, com qualidades e possibilidades de detentoras de gerenciar empresas e serem vistas apenas como objetos sexuais ou pessoas para estarem em determinadas posições, a sociedade não terá encontrado a sua humanidade plena. Não é normal silenciar essas vozes, essas dores. Romper com o silêncio, é romper com a violência e os abusos, é romper com a descriminação existente dentro do mercado de trabalho brasileiro, que ainda existe.

Em suma, não tem como falar em direito se não se fala no direito à voz, e silenciar essas trabalhadoras é oprimir elas em um mercado laboral discriminatório sem qualquer respeito. Não queremos apenas direitos trabalhistas, queremos respeito, dignidade, direito à voz, liberdade de escolha, liberdade de sermos mulheres e trabalhadoras.

Luanna da Silva Figueira

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