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“As pessoas odeiam mulheres felizes”

Saiu no site CNN BRASIL

 

Ouvi essa frase em uma cena do filme “Uma Ideia de Você” e fiquei um tempão pensando sobre o assunto: por que a felicidade da mulher incomoda tanto?

 

 

Semana passada, eu assisti ao filme “Uma Ideia de Você”, uma comédia romântica que conta a história de uma mãe solteira de 40 anos – interpretada pela maravilhosa Anne Hathaway – que se apaixona por um jovem de 24 anos, astro de uma boyband super famosa. Um relacionamento que passa por muitas dificuldades, como você deve imaginar.

 

 

Em determinado momento da história, a amiga dessa mulher diz pra ela a seguinte frase: “as pessoas odeiam mulheres felizes”. Quando eu vi essa cena, fiquei pensando nessa frase e me identifiquei muito. Por que a nossa felicidade incomoda tanto?

Posso falar por mim. Eu consigo lembrar de muitas e muitas vezes em que me senti culpada por estar feliz – seja por causa de uma oportunidade profissional, uma conquista, um novo relacionamento. Eu já cheguei a esconder alguns momentos felizes de pessoas próximas por achar que eram “besteira” e que elas não ficariam felizes por mim. Como se aquilo fosse errado.

Isso acontece também no filme com a personagem. Depois de um divórcio bastante difícil, ela finalmente conhece uma pessoa legal, mas não consegue viver esse amor plenamente, porque o mundo inteiro diz que é errado. Detalhe: o ex-marido dela se separou também pra ficar com uma mulher mais nova, mas, nesse caso, a diferença de idade não importa, afinal, ele é homem. Deixa ele ser feliz.

Pra mulher, é muito mais difícil bancar essa felicidade. Dá muito trabalho nadar contra esse movimento que se estabeleceu há tanto tempo. Foi ele que ensinou a gente a “servir” e a priorizar o outro. Ou seja, se colocar em primeiro lugar incomoda quem se beneficia dele até hoje.

 

 

Uma mulher feliz, livre e independente é uma ameaça a quem tem o poder na mão, quase como uma forma de rebelião contra a ordem estabelecida.

 

Por isso, é tão importante que a gente bata no peito e não desista de ser feliz com as nossas escolhas. É uma luta coletiva. A nossa felicidade é a de outras mulheres também: ela encoraja e potencializa a nossa voz, num mundo que nos calou por tanto tempo.

Então, se você sentir aquela coisa gostosa no peito, não esconde. Vive essa sensação e grita pro mundo sem culpa nenhuma. Não tem nada de errado.

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