Saiu no site G1
Veja publicação original: ‘As mulheres daqui precisam saber que não estão sozinhas’, diz defensora de comitiva para apoio a vítimas de médico em Uruburetama
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Duas assistentes sociais e uma psicóloga são parte da comissão formada para dar apoio a vítimas de abuso sexual comitiva por médico.
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Instituições de defesa da mulher do Ceará disponibilizam nesta quarta-feira (17), em Uruburetama, assistentes sociais e uma psicóloga para apoiar possíveis vítimas de abuso sexual cometido médico e prefeito afastado da cidade, José Hilson de Paiva.
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“Num município pequeno como esse, sabemos o quão pesada essa situação é, mas as mulheres daqui precisam saber que não estão sozinhas”, declarou a defensora pública de segundo grau, Mônica Barroso.
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Mulheres denunciam que sofrem abuso do prefeito desde a década de 1980 durante atendimento ginecológico. Os crimes eram filmados pelo próprio prefeito. Profissionais da Associação Médica Brasileira analisaram a imagens e concluíram que se trata “claramente” de estupro das pacientes.
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A comitiva com membros de instituições que integram a rede de enfrentamento à violência contra as mulheres no Ceará visita, nesta quarta-feira o município.
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Casos graves de violência
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Hospital de Uruburetama, com quadro do prefeito e médico denunciado por abuso sexual José Hilson Paiva — Foto: JL Rosa/ SVM
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Na cidade, também há a presença de profissionais de programas de proteção a pessoas ameaçadas, diante de supostos constrangimentos a algumas mulheres. Os profissionais têm expertise em casos graves de violência, como chacinas, de acordo com a secretária executiva de Cidadania e Direitos Humanos do Governo do Estado, Lia Gomes.
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Após visita à Delegacia e ao Fórum de Uruburetama, a comitiva pretende se deslocar ao município de Cruz, onde também há relatos de vítimas de Hilson.
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Uma das vítimas foi abusada quando tinha 14 anos. Atualmente maior de idade, ela diz que nunca contou nada pra ninguém sobre o caso e que voltava a se consultar com o doutor Hilson porque ele era o único ginecologista de Uruburetama.
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“Ele sempre trancava a porta, mandava a gente entrar e mandava a gente tirar a roupa. Pegava no seio, ficava pegando no corpo da gente, colocava o pênis dele na gente.”
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