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Veja publicação original: As melhores empresas para mulheres trabalharem no Brasil em 2019
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Johnson & Johnson, Magazine Luiza, Mastercard e Meireles e Freitas Serviços de Cobrança são algumas das melhores empresas para as mulheres trabalharem no Brasil. Essa é a conclusão da terceira edição do GPTW Mulher, uma iniciativa da consultoria GPTW (Great Place to Work).
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Entre as 444 empresas inscritas no GPTW Mulher, 55 foram premiadas. O segmento reconhece as companhias com melhores práticas para garantir o avanço das mulheres ao longo de suas carreiras, e que incentivam a liderança feminina. No ano passado, 40 empresas foram homenageadas.
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A premiação, que aconteceu nesta quarta-feira (05/06) em São Paulo, teve como tema “10% não é metade”. Segundo Mariana Tolovi, membro do conselho do GPTW, trata-se de um convite à reflexão sobre a participação das mulheres entre os CEOs das companhias, que ainda é de apenas 10% – levando em consideração os dados coletados entre as quase 3 mil empresas avaliadas pelo GPTW.
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“Temos muitas mulheres no ambiente de trabalho, mas precisamos avaliar como elas estão progredindo na carreira. As profissionais estão muito bem na média liderança, mas na alta liderança a participação delas caiu no último ano”, afirma Mariana Tolovi. Na média gestão das empresas, o avanço da participação feminina tem sido mais rápido. Entre 1997 e 2018, aumentou de 18% para 45%.
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“Não adianta ser só um bom lugar para se trabalhar, o que já é um desafio. É preciso ser um bom lugar para trabalhar para todo mundo, incluindo as mulheres”, afirma Mariana.
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Onde estão as CEOs?
Nas empresas premiadas, as mulheres compõem, em média, 56% do quadro de funcionários, ocupam 45% dos cargos de média liderança e 26% na alta liderança. Mas apenas em 9 das 55 empresas premiadas a posição de CEO é ocupada por uma mulher. Entre as companhias inscritas no GPTW Mulher, o faturamento cresceu, em média, 12,2% no último ano, comparado com uma média de 2,4% entre as empresas da lista geral do GPTW.
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Durante o evento, Maíra Saruê Machado, diretora de pesquisa do Instituto Locomotiva, ressaltou o quanto o trabalho doméstico ainda recai mais sobre as mulheres, mesmo que elas ocupem cada vez mais espaço no mercado de trabalho formal. A equidade de gênero, segundo ela, é um tema econômico. “Desigualdade e de gênero traz prejuízos às empresas”, diz Maíra.
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Nas últimas duas décadas, 8,4 milhões de brasileiras entraram no mercado de trabalho. As mulheres movimentam R$ 1,7 trilhão por ano. Segundo dados do Instituto Locomotiva, uma equiparação de salários entre homens e mulheres no Brasil colocaria R$ 484 bilhões na economia por ano.
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Alexandra Loras, ex-consulesa da França em São Paulo, também falou sobre como a diversidade afeta os resultados das empresas . “Com mais negros e mais mulheres nas equipes, as empresas criam produtos mais adequados à população brasileira”, afirma.
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Segundo Alexandra, é preciso criar políticas internas que contribuam para aumentar a equidade e contornar os vieses inconscientes nas companhias. “Se você tem problema com a palavra cota, pode usar a palavra meta, que é mais doce. Sem meta, vai sempre aparecer um homem que parece, pelo seu viés inconsciente, mais preparado para preencher a vaga”, diz.
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Para participar da lista GPTW Mulher, é preciso ter no mínimo 100 funcionários no Brasil, sendo 15% de mulheres no quadro geral e 15% nos cargos de gestão. Na avaliação, a consultoria leva em conta fatores como ambiente de trabalho, promoções, participação na tomada de decisões e até rotatividade voluntária.
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