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As crianças esquecidas vítimas do nazismo em Hamburgo

Saiu no site Deutsche welle.

 

Veja a Publicação original.

Na cidade de Hamburgo, numa calçada no bairro de Langenhorn, 49 Stolpersteine (“pedras de tropeço”), paralelepípedos que lembram vítimas do regime nazista, trazem os nomes de 49 crianças que morreram na Alemanha durante a Segunda Guerra Mundial. Em sua maioria, são crianças de origem eslava cujas mães foram obrigadas a trabalhar para o regime nazista.

Foi somente há cerca de dez anos que, por acaso, a psicóloga Margot Löhr descobriu a história desses menores. Ao conferir o registro de óbitos de Hamburgo, ela encontrou vários arquivos de crianças e bebês que tinham como local de residência um antigo campo de trabalhos forçados na cidade. Löhr decidiu então investigar a fundo esse tema.

No final, ela contou 418 crianças – incluindo muitos bebês – vítimas do regime nazista. Muitas mulheres e seus filhos, a maioria deles com idades entre 10 e 14 anos, foram forçados pelos nazistas a trabalhar em diferentes fábricas.

Havia, por exemplo, a jovem Nadeshda, que foi para o campo Hohenzollernring quando tinha 4 anos. Em suas memórias, ela lembra que seus pais e seu irmão de 14 anos tiveram que trabalhar duro na fábrica e que o irmão foi espancado pelos vigias. Aparentemente, ele havia deixado um barril muito pesado cair sem querer.

Assassinato de bebês

Mas o que mais emocionou Löhr foi o destino das jovens Rozena e Alice, que estavam num campo satélite de Eidelstedt. Eram duas judias tchecas que vieram do campo de concentração de Auschwitz e que tiveram que esconder a gravidez por temerem por suas vidas. “Gravidez não era permitido por lá,” conta Löhr.

Após entrar em trabalho de parto em dezembro de 1944, Rozena deu à luz um menino saudável. Pouco depois, uma mulher, que era uma das guardas, mostrou a ela seu filho morto. A vigia então colocou o bebê numa caixa de papelão. O comandante do campo de Eidelstedt, Walter Kümmel, havia afogado a criança.

Somente no início da década de 1970, foi realizada uma investigação sobre o caso no Tribunal Regional de Hamburgo, na qual ambas as mães testemunharam. O envolvimento do então comandante no assassinato dos recém-nascidos, porém, foi classificado pela corte apenas como “cumplicidade em homicídio”. Não teria sido possível atribuir a ele nenhuma motivação para o crime.

 

Veja a Matéria Completa Aqui! 

 

 

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