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App com inteligência artificial feito no Brasil identifica violência contra a mulher

Saiu no site ÉPOCA NEGÓCIOS

 

Veja publicação no site original: App com inteligência artificial feito no Brasil identifica violência contra a mulher

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Aplicativo “Hear” capta sons do ambiente e detecta situações de violência analisando o sentimento na voz da vítima

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Por Micaela Santos

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O número mulheres vítimas de violência no Brasil coloca o país no 5° lugar do ranking mundial de feminicídio, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH). Foi a partir dessa realidade que um grupo de 28 pesquisadores desenvolveu uma plataforma para identificar casos de agressão contra mulheres.

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O projeto Hear: Helping Everyone to Actively React (Ouvir: Ajudando Todos a Reagir Ativamente, em tradução livre) foi idealizado por Lincon Ademir, aluno do mestrado profissional do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar), em Pernambuco.

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A iniciativa também conta com pesquisadores da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e é coordenada por Ana Paula Furtado, professora de pós-graduação do Cesar e da UFRPE. De acordo com a orientadora, o objetivo do projeto é contribuir para a reversão do quadro de violência de gênero no país. “Estamos usando a tecnologia para resolver um problema social”, afirma Ana Paula. “Uma ajuda nesse momento crucial pode impedir que a vítima se torne mais uma mulher nas estatísticas de feminicídio no país.”

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Usando inteligência artificial, o aplicativo identifica casos de situações de violência e aciona em tempo real a comunidade de usuários do app, independente de denúncia formal por parte da vítima. Uma vez instalado no celular, a tecnologia capta o sons do ambiente e analisa possíveis agressões a partir de palavras-chave ou por meio do sentimento na voz da usuária.

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Quando a ferramenta identifica algum ato de violência, uma notificação é enviada para outros usuários cadastrados na plataforma, contendo informações de localização da vítima e o horário da agressão.

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Segundo a pesquisadora, não há notificação automática à polícia. Assim, as pessoas cadastradas no aplicativo podem decidir como ajudar a vítima. “A ideia é utilizar a escuta ativa dos celulares para que, mesmo off-line, o aplicativo consiga detectar caso a usuária seja agredida em algum momento, sem que ela precise apertar qualquer botão no aparelho”, explica Ana Paula.

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A plataforma começou a ser desenvolvida em 2018 e a primeira versão do aplicativo, que será gratuito, vai ser lançada no mês que vem, inicialmente na versão para Android. O projeto já foi um dos cinco finalistas do EU-Brazil Innovation Pitch 2019, seminário organizado pela Euraxess Brasil, Confap e Enrich in Brazil, em Brasília. O programa tem como objetivo fomentar a pesquisa e o desenvolvimento de soluções inovadoras para problemas sociais e recebeu mais de 80 projetos em sua edição brasileira.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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