Saiu no site G1:
Veja publicação original: Alunas da UFMG se mobilizam para denunciar casos de assédio na universidade
.
Por Flávia Cristini
.
Dezenas de denúncias foram recebidas e publicadas na web, preservando a vítima. Faculdade de Medicina disse que vai se reunir com coletivo que criou ação para debater o tema.
.
Um coletivo de mulheres criou um formulário online para que casos de assédio dentro da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sejam denunciados. “Ele será usado anonimamente (a não ser que se deseje identificar) para uma exposição dos absurdos pelos quais passamos na faculdade”, diz publicação feita em rede social. Em cerca de uma semana, dezenas de denúncias foram recebidas, e o caso chegou à direção da Faculdade de Medicina.
.
“Fui estuprada por um colega de sala em um dia que estava bêbada, ele com certeza não considerou que foi violência mas eu não me lembro de nada e depois de me sentir muito culpada hoje entendo que ele não tinha o direito de fazer aquilo comigo já que sabia que eu estava muito alterada para consentir ou não”, diz uma das denúncias.
.
.
.
Na página do Coletivo de Mulheres Alzira Reis – Saúde UFMG foram publicadas definições de assédio, incluindo moral e sexual, para incentivar que os casos sofridos, envolvendo alunos, professores e funcionários, sejam compartilhados.
.
A diretoria da Faculdade de Medicina tomou ciência das denúncias de assédio repercutidas na página do coletivo e se reuniu para discutir o assunto.
.
.
.
“Foi decidido que serão convidados para uma reunião representante do Coletivo e representantes dos diretórios acadêmicos dos três cursos de graduação (Medicina, Fonoaudiologia e Superior de Tecnologia em Radiologia), para tratar da questão, pois a Faculdade precisa ouvi-los para que possamos auxiliá-los. Haja vista que os comentários ainda não se tornaram denúncias formais na Escuta Acadêmica”, disse em nota.
.
Ainda segundo a universidade, há um setor chamado Seção de Escuta Acadêmica, que recebe demandas relacionadas aos estudantes e auxilia em questões pessoais que afetem o desempenho escolar. O setor também encaminha, quando necessário, para tratamentos psicopedagógicos. “Todas as demandas, inclusive denúncias formalizadas, são respondidas e/ou apuradas de acordo com as normas da Universidade”, completou a direção.
.
O coletivo fica localizado no Campus Saúde, na Avenida Alfredo Balena, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O grupo se propõe a acolher mulheres que sofreram opressão na universidade, debater o machismo no contexto universitário, intervir e promover a reflexão do feminismo e discutir a forma como a saúde da mulher é abordada pelos cursos. As reuniões são abertas.
.
O Campus Saúde ainda não se posicionou sobre as denúncias.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.