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Veja publicação original: Alerta! 30 sinais que apontam uma relação abusiva
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Mariana conheceu Bruno por meio das redes sociais. Ele transpareceu ter uma vida boa, de classe média, e ser uma pessoa de bem. Como morava em outra cidade, Bruno resolveu mudar para ficar próximo de Mariana. Foi quando ela percebeu que ele não tinha ocupação de trabalho e foi ficando na casa dela, somando despesas. Depois de um ano de relacionamento, Bruno insistiu em casar com Mariana. Grávida, ela continuou seu trabalho como professora e foi pagando todas as contas sozinha. Ficou endividada, vendeu sua casa, enquanto Bruno não arrumava emprego. Ele acordava ao meio-dia, ia assistir TV, curtir seu estúdio em um dos quartos da casa e depois malhar.
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Além deste grande problema, Bruno cobrava tudo dentro de casa. Se contrariado, tratava Mariana com grosseria, chegou a trai-la quando o filho estava no hospital. Mariana perdoou e ainda teve outro filho com Bruno. O tempo passou, Mariana usou o dinheiro da mãe para investir em uma sexshop e era sempre convencida a fazer os planos de Bruno. Muitos diziam que ela precisava aguentar, pois ele era pais de seus filhos. E Mariana foi suportando a pressão. A professora bem sucedida e com a vida estabilizada, se tornou falida. Decidiu pela separação. Mas mesmo distante de Bruno, ainda levava comida para ele, que permanecia sem trabalhar. Bruno se fazia de vítima. E não aceitava que Mariana seguisse sua vida, recuperando a vida financeira e emocional. Passou a ameaça-la moral e fisicamente. Mas Mariana já estava exausta daquelas idas e vindas de um homem instável e anormal.
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– Foram muita ameaças psicológicas. Ele achava que eu tinha a obrigação de perdoá-lo e voltar para ele. Ele mentia muito. Certa vez, ele me sufocou, tentando me estrangular. Lutamos dentro do banheiro e meu filho mais novo viu.
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Mariana cansou das grosserias, das exigências, das mentiras, do narcisismo doente de Bruno. Tornou-se uma mulher triste e aprisionada. Mas criou coragem para mudar de vida, principalmente, para se afastar de Bruno. Depois que se libertou de uma relação abusiva, hoje segue em paz, cuidando de sua família.
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Essa história é real como tantas outras. E Mariana é uma mulher de verdade (embora seu nome tenha sido trocado), que tem conseguido refazer a vida com equilíbrio emocional. Mas tantas outras vítimas de relacionamentos abusivos ainda permanecem presas e outras muitas se libertam, mas têm dificuldades de reeditar a vida. Procuram tratamento para curar suas feridas emocionais e se livrar da depressão, da co-dependência e, infelizmente, dos fantasmas do passado.
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Prejuízos decorrentes de relações tóxicas têm sido cada vez mais noticiados. São uma realidade cruel e disfarçada. Até porque homens com perfil perverso estão sempre escondidos por trás de uma performance amável e cuidadosa com a parceira. Lucy Rocha, que trabalha com apoio a mulheres que sofrem ou sofreram com uma relação abusiva, conhece bem os estragos destas relações. É advogada e atua na área de família. Como personal coach, também é uma estudiosa do transtornos de personalidade. Lucy aponta 30 sinais de quando uma mulher está se relacionando com uma pessoa abusiva. Sinais que, certamente, Mariana não viu.
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Se você é uma pessoa que sempre:
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1 – Se desculpa por “nunca fazer as coisas direito”, por nunca fazer as coisas “bem o suficiente” ou se culpa por todo mal-estar que se experimenta na relação e por “fazer” a pessoa perversa se sentir do jeito que se sente. Ela está sempre mal e insatisfeita e a culpa é sua.
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2 – Tenta manter um perfil modesto seja no modo que interage com as pessoas, seja como se veste, para evitar ser notado, pois o parceiro tóxico “não gosta” que você chame atenção ou passou a vestir-se e comportar-se como ele deseja.
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3 – Ou, ao contrário do item acima, se viu mudando seu modo de ser vestir para se adequar a exigências da pessoa perversa, ou, se você for mulher, sendo solicitada a se vestir de forma exageradamente sensual para ser exibida aos outros.
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4 – Inventa histórias bonitas para outras pessoas sobre a qualidade de seu relacionamento, de modo a esconder a verdadeira situação em que vive.
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5 – Sente ansiedade quando a pessoa com quem se relaciona está por perto, pois não sabe como se comportar para não suscitar fúria.
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6 – Sente ansiedade quando sabe que vai chegar a qualquer momento, pois não sabe em qual humor chegará, se lhe tratará bem ou mal, se não vai gostar de algo que você estiver fazendo no momento de sua chegada como por exemplo estar com amigos, ao telefone com alguém ou algo parecido.
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7 – Sente medo ou confusão sobre mudanças repentinas no comportamento da pessoa perversa, que vai de ataques de fúria e comportamentos frios a doçura e encenação de que não aconteceu nada segundos antes.
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8 – Tem a sensação de que tem que “pisar em ovos” para evitar causar conflito, reprovação, julgamento e raiva, evitando discussões ou qualquer tipo de conflito a todo custo, tentando sempre “se esforçar mais” para melhorar as coisas.
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9 – É frequentemente acusada de ser coisas que refletem na verdade atitudes, comportamentos e características da pessoa perversa. Ex. Mentirosa, egoísta, mal humorada, exploradora etc.
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10 – Nunca se sente respeitada ou igual na relação. É obrigada a se submeter a regras que a outra pessoa não se vê no dever de respeitar, apenas as impõe, como se tivesse mais direitos do que você.
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11 – Está constantemente preocupada com o comportamento do outro, seu silêncio passivo-agressivo, sua cara fechada, o que faz com que você lhe pergunte inúmeras vezes em tom desesperado “se está tudo bem” ou o que “você fez de errado”.
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12 – Nunca sabe se é uma boa ideia atender o telefonema dos amigos ou familiares, pois ele já deixou claro que não os suporta, que “não são bons para você” e quando o faz, se sente observada e não vê a hora de terminar.
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13 – Sente que tem que pedir permissão ou anuência ainda que indireta para fazer qualquer coisa ou tem medo de fazer as coisas sem permissão, ou seja, nunca faz nada a não ser que seu parceiro diga que é OK fazer ou se a ideia não partir dele.
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14 – Se sente desmotivada em relação às realizações no trabalho, não tem permissão para conseguir um emprego para começar a se tornar financeiramente independente ou, se empregada, sentindo que sua independência financeira e crescimento profissional o incomoda em demasia.
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15 – Se pergunta o tempo se você merecia ser punida ou tratada do jeito que foi tratada pela pessoa perversa por algo que você fez ou deixou de fazer, mesmo você sendo uma pessoa presente, amorosa e cuidadosa com seus interesses.
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16 – Ajusta sua agenda ao redor da agenda da pessoa, ou melhor, você não tem uma agenda, ela tem e você a segue.
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17 – Está sempre sentindo um vazio crônico, como se algo estivesse constantemente faltando, ainda que materialmente se viva bem.
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18 – Ocasionalmente chega a ter pensamentos suicidas, pois a vida inteira parece não fazer qualquer sentido.
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19 – Está constantemente temendo abandono, rejeição ou negativa de suporte do parceiro e por isso passa a fazer “o que for preciso” para mantê-lo por perto, aceitando o que sempre considerou inaceitável.
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20 – Faz coisas com as quais se sente desconfortável porque se sente pressionada a fazê-lo porque quer evitar conflito ou abandono.
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21 – Negocia seus valores, necessidades e crenças para acomodar aquelas da pessoa perversa.
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22 – Descobre que a pessoa freqüentemente mente, engana e/ou trai.
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23 – Deseja a chegada de “algum dia” quando as coisas vão mudar, mas este algum dia nunca chega.
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24 – Segue o conselho da pessoa perversa para tudo, embora seu instinto diga que não, a fim de buscar sua aprovação e apoio, o que, para seu desespero, não ocorre e quando sai algo errado, ainda leva a culpa por não ter feito “exatamente” o que lhe sugeriu.
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25 – É subserviente e tem um sentimento de que é menos, inferior ou mais frágil do que o seu parceiro, mas forte o suficiente para tolerar os abusos pelo bem da relação.
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26 – Sente como se o parceiro fosse seu pai ou mãe, pois a um certo ponto você começa a se comportar de modo muito imaturo ou infantil, incapaz de pensar por conta própria ou sem a aprovação da pessoa.
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27 – Depois de romper com a pessoa perversa, tudo o que quer fazer é correr de volta para ele. Sente vergonha e vício, como se estivesse diante de uma droga.
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28 – Inventa repetidamente desculpas para perdoar comportamentos inaceitáveis de seu parceiro, que continua a repetir o comportamento várias vezes, atribuindo a culpa a você. Ex. Traições, agressões verbais, físicas, etc.
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29 – Frequentemente se pergunta como chegou a esta situação de descontrole e dependência de alguém que nitidamente lhe faz mal e parece não encontrar força ou saída para fora daquele estado de coisas.
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30 – Se sente responsável por fazer funcionar a relação, fazendo todo o “trabalho duro” sozinha e assumindo a culpa por tudo o que dá errado.
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Em caso de identificação de vários sinais acima em sua relação com o parceiro, procure ajuda e coragem para proteger-se. Sua saúde emocional vale todo esforço.
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Grupos e Páginas que podem ser úteis:
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Relações Abusivas & Narcisismo Perverso
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Lembre-se também de que DISQUE DENÚNCIA tem sido um dos canais para apoio no resgate de vidas e no combate à violência doméstica. Trabalha para dar apoio emocional, prevenir agressões, punir o agressor e proteger a mulher agredida. Para pedir ajuda, ligue para o número 180. E ainda para o número 100, um serviço do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. O sigilo é absoluto.
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