Saiu no site ELLE:
Veja publicação original: Adwoa Aboah fala sobre o poder da internet para as mulheres
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Adwoa Aboah resume em sua figura tudo o que há mais mais contemporâneo em uma modelo. Em 2018, obviamente, um “rostinho bonito” está muito longe de ser o suficiente para que alguém se destaque no mercado. Além da personalidade, de ter uma linguagem corporal, de ter um estilo próprio, atitude, é preciso também uma postura: estar sempre propensa à mudança, ter o desejo de mudar o mundo para algo melhor.
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A contribuição da britânica vem pela plataforma online de sua autoria, lançada em 2015, a “Gurls Talk”. Por lá, garotas de todos os lugares podem encontrar um espaço seguro onde conseguem conversar sobre as opressões que vivenciam na pele enquanto mulheres. Assuntos que, em geral, não são ouvidos ou então são tabus em outras esferas da comunicação.
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“Você não pode dizer algo e sair correndo. Tem que ser uma coisa que você viva e respire diariamente.” – Adwoa Aboah
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Depois de passar por uma série de turbulências internas que culminaram numa tentativa de suicídio, Adwoa percebeu que muitas outras meninas vivem situações parecidas e decidiu que era a hora de ajudá-las. E o primeiro passo, sem dúvida, é conversar, reconhecer que o problema existe e entender que você não está sozinha.
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Em recente entrevista à uma publicação norte-americana, a top e ativista falava sobre o poder das redes sociais dentro desse jogo. “Eu tenho muito a agradecer por elas terem permitido que eu conseguisse ter uma plataforma com a qual é possível me conectar com tantas outras pessoas. O ‘Gurls Talk’ jamais seria tão inclusivo se não tivéssemos essa oportunidade“, disse. “Por outro lado, quando se está numa posição como a minha é muito importante estar sempre atenta à responsabilidade que você tem por tudo o que diz para a sua comunidade.”
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Sobre seu ativismo, ela vai “contra” quem faz a linha “textão de Facebook”: “Você não pode dizer algo e sair correndo. Tem que ser uma coisa que você viva e respire diariamente. E não tem problema começar pequeno: antes de fundar o ‘Gurls Talk’ como ele é hoje, fizemos um jantar com 30 mulheres com diferentes backgrounds. Só agora estamos conseguindo nos organizar para criar eventos maiores.”
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Quanto ao futuro com mais igualdade de oportunidades e diversidade étnica, ela conta com a ajuda dos jovens para fazer com que ele saia do papel. “Sempre penso na juventude para fazer qualquer coisa. Acho importante que a indústria da moda faça o mesmo e, de fato, se alinhe às mudanças sociais que acontecem em 2018. Tudo tem que passar por esse escrutínio: desfiles, campanhas, editoriais… É uma conversa entre todos nós.“
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