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Veja publicação original: Adolescente acusa avô de estupro; saiba identificar os sinais de alerta
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Ocorrência foi registrada neste sábado em Ribeirão Preto, mas mãe duvida do relato da filha de 13 anos. Reportagem traz informações de prevenção e identificação de abusos
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Por Germano Neto, com supervisão de Cristiano Pavini
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A Polícia Civil investiga um vigilante de 50 anos, morador de Cravinhos, acusado de estuprar a neta de 13 anos. A mãe da adolescente, que mora em Ribeirão Preto, procurou a Central de Polícia Judiciária (CPJ) na madrugada deste sábado (17).
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Em relato aos policiais, a mulher disse que a filha morou com o avô por seis meses. Nesse período, segundo a adolescente, os crimes teriam ocorrido diariamente.
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Porém, a mãe ressaltou que não confia nos relatos da filha, acreditando que estaria mentindo para não voltar a morar com o avô.
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A mãe da garota também afirmou que a filha faz acompanhamento psicológico, “fala mentiras” e possui “comportamento estranho, com o hábito de sentar no colo das pessoas”, conforme consta no registro policial. Um exame de Corpo de Delito será realizado na vítima.
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De janeiro a setembro de 2018, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública, foram registrados 57 casos de estupro de vulnerável em Ribeirão Preto, um aumento de 24% em relação ao mesmo período de 2017 (46 ocorrências) e de 147% se comparado a 2016 (23).
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Sinais e prevenção
Segundo a Associação Childhood, que atua na proteção à criança e ao adolescente, “o diálogo deve acontecer desde os primeiros anos de vida, já que o abuso ou a exploração sexual pode acontecer em todas faixas etárias”.
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A associação ressalva que “estudos mostram que informações sobre o corpo humano e a sexualidade podem tornar crianças e adolescentes menos vulneráveis à violência sexual”, além de “fornecerem habilidades para que eles procurem ajuda em situações de risco”.
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De acordo com a Childhood, crianças e adolescentes vítimas de abuso podem sofrer com mudanças bruscas no comportamento, no humor, sem explicações, assim como apresentar comportamentos regressivos, ou agressivos, sonolência excessiva, perda ou excesso de apetite.
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Elas também podem apresentar baixa autoestima, insegurança, comportamentos sexuais inadequados para a idade e procura por isolamento.
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A Childhood ressalta que a existência de um ou mais sinais nem sempre indica a violência sexual, cabendo aos os órgãos responsáveis investigar os indícios.
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Recomendações
Em casos de revelação de violência sexual, a Childhood recomenda que os familiares ou responsáveis precisam entender como dialogar, deixando a vítima segura em um ambiente tranquilo, com a privacidade respeitada, para que possa ser ouvida, sem interrupções e atentamente.
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“A violência sexual é um fenômeno que envolve medo, culpa e vergonha e a criança e o adolescente só se sentirão encorajados a falar sobre o assunto se perceberem interesse do ouvinte”, aponta a associação.
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A Childhood diz que não se deve criticar a vítima ou duvidar do que ela está falando, tampouco demonstrar reações extremas ou que expressem insegurança.
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É necessário também, não perguntar detalhes da violência, e nem fazer com que a vitima repita a história várias vezes, pois isso poderá aumentar o sofrimento, e perturba-la. Diminuir os sentimentos da criança, ou adolescente, também é uma maneira errada de conduzir a conversa, e muito menos trate a vítima com “pena”.
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“Procure não perguntar diretamente os detalhes da violência sofrida nem fazer a vítima repetir sua história várias vezes. Isso poderá perturbá-la e aumentar o seu sofrimento”, aponta a Childhood.
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Entenda o que é abuso
Segundo o Guia de Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes elaborado pela ANDI (organização sem fins lucrativos que atua em mídia e desenvolvimento), o abuso sexual ocorre na utilização dos seus corpos para a prática de uma ação de natureza sexual que satisfaça os desejos do autor.
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Geralmente, a vítima possui uma relação de confiança com o autor, mesmo que momentânea. Apesar de nem sempre ocorrer violência física, a presença de violência psicológica está sempre presente.
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Na maioria dos casos, segundo a publicação, o autor é parte do cotidiano e convívio da vítima.
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O abuso pode ser caracterizado como sexual intrafamiliar (quando o caso ocorre dentro da família, e o autor possui relação de parentesco) ou sexual extrafamiliar (quando o autor não têm parentesco com a vítima).
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