Saiu no site FOLHA PE
Veja publicação original: Ação de combate à violência contra a mulher é realizada no metrô
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As atividades fazem parte da programação da 14ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa e celebram o 13º aniversário da lei Maria da Penha
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Por Vinicius Lucena
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Uma ação de combate à violência contra a mulher é realizada na Estação Central do metrô do Recife nesta quarta-feira (21). A iniciativa é organizada pela Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) e acontece até as 16h30. As atividades fazem parte da programação da 14ª Semana Nacional da Justiça pela Paz em Casa e celebram o 13º aniversário da lei Maria da Penha.
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Entre as atividades, foram realizadas apresentações culturais de grupos infantis, exibição de vídeos, distribuição de materiais informativos e orientações dadas por assistentes sociais. Segundo a assistente social da Coordenadoria da Mulher do TJPE, Valéria Santos, “é importante chamar a população a contribuir na luta contra esse tipo de violência”. “Precisamos divulgar a lei e os serviços especializados para que a mulher saiba onde denunciar e procurar orientações sobre como lidar com esses casos”, declarou.
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Valéria alerta que a população tem uma série de dúvidas sobre o que se configura como violência contra a mulher. Para isso, foi criado o Violentômetro, uma espécie de escala que “mede” diferentes graus de violência. A escala vai do “menor” nível, que é “diminuindo sua opinião”, e vai até o mais grave, o feminicídio. O Violentômetro tem por objetivo alertar as pessoas sobre o que é violência.
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A ação chamou a atenção dos passageiros que transitavam pela Estação Central. Uma das mulheres que parou para procurar as agentes foi Isabel A.*, 63, que afirmou ter sofrido violência dentro da própria casa. Segundo ela, o irmão a criticou repetidas vezes por causa das roupas que ela usava e chegou a agredi-la verbalmente. “Eu não sabia que isso era violência contra a mulher, descobri agora com a ação”, disse Isabel, que relatou ter sido diagnosticada com um quadro de depressão por causa das agressões. “Esse tipo de ação é importante porque, até pouco tempo atrás, eu achava que pouca gente se importava com esse assunto. Agora eu vejo que tem gente engajada e lutando por essa causa”, completou Isabel.
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Já Adail Cordeiro, 53, foi abordada por uma das agentes que participavam da ação e ressaltou o impacto que a ação pode causar. “Acho muito importante porque tem muitas mulheres morrendo por conta de violência. Muitas delas ainda ficam caladas, e não podemos continuar assim, algumas só precisam de um incentivo para denunciar ou evitar esse tipo de situação”, afirmou.
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As ações continuam até a próxima sexta-feira (23), quando acontecerá uma roda de conversa no hall do Fórum Rodolfo Aureliano, localizado na Ilha Joana Bezerra, região central do Recife. O tema da atividade será “Quem ama não maltrata: como identificar a violência nas relações íntimas de afeto”. A conversa acontece das 14h às 16h30.
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