Saiu na ÉPOCA
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Não existe CEO hoje, com raras exceções, que não tenha a temática da equidade de gênero como agenda prioritária. “Vemos um avanço geral no mercado, a percepção geral melhorou. Ao falar disso a cada ano, o tema deixa de ser um assunto do ‘clube de mulheres’ para ser uma questão de negócios ”, afirma Silvia Fazio, presidente da Mulher na Liderança na América Latina (WILL).
Para reconhecer as empresas com as melhores práticas em relação à equidade de gênero, o Valor, “O Globo”, “Marie Claire” e “Época Negócios” promovem a nova edição da pesquisa “ Mulheres da Liderança ”, idealizada pela WILL e com apoio metodológico da Ipsos.
Este ano, duas novas categorias foram incluídas. Serão reconhecidas também como empresas que mais promovem mulheres negras e aquelas com maior presença feminina nos conselhos. “Entendemos que a carreira de conselheiro é uma carreira paralela, normalmente há uma contratação lateral”, explica Silvia. Dessa forma, se fez necessário olhar também para essa questão, que é diferente da ascensão das mulheres a cargas de liderança executiva, como diretoria e presidência.
A questão racial também ganhou mais foco. Além de abordar todas as interseccionalidades de diversidade e inclusão – raça, pessoas com deficiência e LGBTQIAPN + -, a pesquisa deste ano expandiu como questões ligadas a mulheres negras. “Vemos que as empresas evoluíram e conseguiram atrair mais mulheres negras para o ambiente corporativo, mas ainda há dificuldade grande em promovê-las para a liderança”, diz Silvia.
Além dessas duas categorias, as empresas que se destacarem setorialmente serão reconhecidas, assim como aquelas com as maiores notas em seis eixos temáticos: estratégia e estrutura; recrutamento, seleção e retenção; qualificação e incentivo à liderança feminina; equilíbrio entre trabalho e vida pessoal; mulheres e interseccionalidade; e atuação externa. Também serão reconhecidas três empresas como destaque: nacional, multinacional e destaque geral.
Em 2020, uma pesquisa avaliou políticas, processos e práticas relativas à igualdade de gênero, internas e externas, de 162 empresas. Foram premiadas 23 empresas em 30 categorias. Entre as participantes, 53% das políticas formais para a promoção da igualdade de gênero, contra 41% em 2019.
Em 2020, o tema estava na agenda prioritária da companhia, para o CEO, em 66% das empresas participantes da pesquisa – 14 pontos percentuais a mais que no ano anterior. Outro item com avanço significativo foi a inclusão de KPIs relacionado à questão de gênero na avaliação de desempenho de executiva, passando de 17% em 2019 para 28% em 2020. “Existe uma evolução”, pontua Silvia. “O diálogo ficou mais fácil, mas não significa que não haja um longo caminho a seguir.”
Todas as participantes receberão um relatório das melhores práticas globais e setoriais e conhecerão os seus resultados nos rankings geral, setorial e em cada um dos seis eixos temáticos da pesquisa. “Para quem pretende evoluir no tema, é um produto extremamente valioso poder fazer essa comparação de maneira tão profunda”, conclui Silvia. O prazo final para envio do questionário é 30 de julho.
Informações e inscrições no site .