Saiu no site G1
Veja publicação original: “A Juíza” examina trajetória de mulher que alavancou igualdade de gênero nos EUA
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Segunda mulher na Suprema Corte dos EUA é uma figura incrivelmente popular e que este documentário indicado ao Oscar ilumina com afeto
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Seguramente um dos documentários mais populares dos últimos tempos nos EUA, “A Juíza” finalmente estreia no Brasil depois de ser indicado ao Oscar na categoria e receber quatro indicações para os prêmios da MTV. Essa inusitada conjugação ajuda a entender a dimensão de Ruth Bader Ginsburg na cultura pop contemporânea e no status quo daquele país.
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Ginsburg foi pioneira na luta pelos direitos das mulheres e construiu uma trajetória singular no direito com um ativismo estratégico que resplandeceu na sua escolha pelo então presidente Bill Clinton para ser a segunda mulher na Suprema Corte dos EUA. “A Juíza” se incumbe de angular essa jornada sob a luz do atual momento em que agendas pró-minorias dominam a opinião pública.
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É interessante o olhar dispensado ao casamento de Ginsburg e a importância que seu marido teve para sua ascensão à mais alta corte do Judiciário dos EUA. O filme tem a presença de espírito de reconhecer que uma relação forte e harmônica está acima de bolhas militantes e, nesse sentido, encontra respaldo na postura de sua biografada, que em sua atuação no tribunal soube preservar elogiável independência e navegar entre a maioria, de vocação conservadora, e a dissidência.
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É justamente esse comportamento altivo e concatenado com demandas sociais que empurram a interpretação do direito para o futuro que fez de Ginsburg uma figura tão popular, a ponto de ganhar inspirada parodia no humorístico “Saturday Night Live”. A cena em que a octogenária juíza assiste Kate McKinnon satiriza-la é doce e dramaticamente poderosa.
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O formato do longa é um tanto convencional, mas a figura de Ginsburg é realmente irresistível. Sua obstinação e comprometimento são inspiradores e a leveza com que entende a própria importância, um exemplo de posicionamento diante da vida. Não à toa virou a notória RBG, em referência bem sacada a um rapper. Camisetas, canecas, cadernos e tatuagens corroboram a força da juíza junto a um público jovem e ansioso por participar mais ativamente de mudanças estruturais na sociedade americana.
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Ruth Bader Ginsburg é mesmo uma personagem especial e o que a faz assim não é exatamente sua penetração pop, ainda que isso desperte interesse para sua figura, mas a maneira como viu no direito, e continua vendo, uma ferramenta poderosa de transformação e evolução social.
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“A Juíza” não é a primeira produção a chegar nos cinemas sobre Ginsburg. Em março deste ano estreou a ficção “Suprema”, em que a atriz Felicity Jones deu vida à magistrada. O documentário estreia simultaneamente nos cinemas e nas plataformas digitais.
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