SAIU NO SITE MCTIC:
“Esse encontro, na verdade, é apenas simbólico”, disse Kassab. “O fato de você estar aqui mostra o reconhecimento ao seu esforço e o nosso orgulho, como brasileiros, por tê-la entre nós. Quero nos colocar à disposição naquilo que for necessário e estiver ao nosso alcance para que você continue essa carreira maravilhosa. Pode contar com o apoio do ministério e do governo federal.”
A pesquisadora ganhou visibilidade por liderar uma série de estudos para entender os impactos de mudanças climáticas sobre a vida de lagartos. “Apesar de muita gente não achar que possam ser sensíveis, por se acostumar a ver esses répteis sob o sol, são organismos que dependem de temperaturas específicas. A nossa intenção é trazer informação para compreender e preservar a biodiversidade, tanto do Cerrado quanto da Amazônia e da região de transição entre os dois biomas, onde estão as maiores taxas de desmatamento.”
Nascida em Goiânia (GO) e criada em Brasília (DF), Fernanda integra o quadro do Inpa, localizado em Manaus (AM), desde 2013, quando passou no último concurso público do ministério. Recentemente, assumiu o cargo de gerente do Programa de Coleções Científicas Biológicas (PCCB).
Ela tem 35 anos e graduação em Ciências Biológicas e mestrado em Ecologia pela Universidade de Brasília (UnB). A pesquisadora cursou doutorado em Biologia Integrativa pela Brigham Young University, dos Estados Unidos, e foi bolsista Jovens Talentos do programa Ciências Sem Fronteiras.
Incentivo
O prêmio Rising Talents tem objetivo de impulsionar a trajetória de jovens cientistas para que elas se tornem pesquisadoras de relevância mundial. Fernanda garantiu presença como uma das três representantes latino-americanas por ter sido uma das sete vencedoras do último prêmio nacional Para Mulheres na Ciência, oferecido por L’Oréal, Unesco e Academia Brasileira de Ciências (ABC). A honraria internacional é concedida anualmente a 15 profissionais, três de cada região do mundo – África e Estados Árabes, América Latina, América do Norte, Ásia e Pacífico e Europa.
Jurado do prêmio nacional, o secretário de Políticas e Programas de Desenvolvimento do MCTIC, Jailson de Andrade, lembrou que antes de Fernanda, destaque na categoria Ciências Biológicas, o programa internacional já havia reconhecido duas brasileiras: a farmacêutica Carolina Horta, em 2015, e a professora Elisa Orth, em 2016, ambas na categoria Ciências Químicas.
Para o diretor de Comunicação e Relações Institucionais da L´Oréal, Patrick Sabatier, as conquistas brasileiras nas três últimas edições demonstram a força da ciência e da mulher do país. Ele informou que a empresa deve inaugurar em outubro um centro de pesquisa e inovação na Ilha do Bom Jesus da Coluna, incorporada por aterro à Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. A companhia mantém unidades semelhantes na África do Sul, China, França, Índia e Japão.