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“O tempo passará de toda forma.”
Foi esse o conselho que fez Eliana Carvalho, de 55 anos, dar um dos saltos mais gratificantes (e desafiadores) de sua carreira: começar uma faculdade de psicologia depois de três décadas na área de T.I.
A (hoje) psicóloga recebe essa credencial há dois anos. Mas a ideia já estava germinando em sua cabeça desde 2013, quando foi diagnosticada com um câncer de mama. “Tudo na vida tem que ter um porquê. E eu, já aos meus 44 anos, não conseguia mais responder o motivo pelo qual eu estava fazendo aquilo”, conta à Você S/A.
Aos seus 17 anos, esse sentido existia. Cabeça boa para matemática, afinidade com o assunto, a promessa de uma grana boa. Naquele momento, a área da tecnologia era uma escolha natural. “Eu até pensava em seguir na medicina ou psicologia, mas eu não podia me dar ao luxo de ficar tanto tempo sem retorno financeiro”, explica a profissional.
A jornada-real-oficial começou em fevereiro de 2018, quando (depois do empurrãozinho filosófico) Eliana se matriculou no curso de psicologia no Centro Universitário São Camilo. Cinco anos de graduação, uma aposentadoria e uma pandemia depois, ela afirma com todas as letras: não se arrepende de absolutamente nada. Nem da primeira graduação, muito menos da segunda.
“Eu gosto de estar no mundo, de ter novos desafios. A psicologia veio para atender esses meus desejos”, conta, sorrindo.