Saiu no site G1
Secretário de Defesa Social de Vespasiano foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais por importunação sexual. Em março deste ano, uma servidora o acusou de ter mordido o seio dela.
Vítimas do secretário de Defesa Social de Vespasiano, William Soares Santos,de 62 anos, relataram os inúmeros assédios sofridos enquanto trabalhavam com o suspeito, indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por importunação sexual. Em março deste ano, uma servidora o acusou de ter mordido o seio dela.
Em nova nota, a Prefeitura de Vespasiano informou que as medidas legais cabíveis foram tomadas para apuração dos fatos e que não houve determinação de afastamento pelo Poder Judiciário. Ele continua nas funções, “considerando o direito constitucional de presunção de inocência”, diz o Executivo.
A auxiliar administrativo Monique Miranda foi uma das primeiras a procurar a Polícia Militar para denunciar o secretário. Segundo a vítima, os abusos evoluíram a ponto de o suspeito falar que “mamaria” no seio dela.
O crime ocorreu durante o horário de trabalho da vítima na Prefeitura de Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
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“Era [assédio] o tempo todo. Se um documento não saía do jeito que ele queria, a gente era chamada de burra e incompetente. Na importunação, ele proferia palavras abusivas, que queria mamar no meu peito. Uma vez ele perguntou se meu marido já tinha feito sexo oral comigo. Ele me via constrangida e continuava falando”, disse Monique.
‘Jumentas’
Há pelo menos outras quatro denúncias de assédio moral e sexual contra William Soares dos Santos sendo investigadas pela polícia. A instituição disse que ainda não há informações que possam ser divulgadas sobre as apurações.
Uma outra funcionária do setor administrativo, Thaís de Souza Neves, relatou que os assédios moral e sexual faziam parte da rotina de trabalho com o secretário.
Em uma das situações, ele teria sugerido que as funcionárias comessem capim, e as comparou com um “jumento”.
“Em meados de 2023 ele colocou a mão no meu peito. Eu fiquei com medo e não contei para ninguém. Passei a ficar ansiosa no trabalho, meu cabelo começou a cair. Tinha medo de retaliação. Ele chamava a gente de burra, incompetente, falava que a gente comia capim e que éramos jumentinhas”, contou Thaís.