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L’Oréal Paris e ONG Right To Be criam programa Stand Up, que ensina como agir com segurança em situações de assédio sexual em local público
Segundo dados da 4ª edição da pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizada pelo Datafolha e encomendada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2023, cerca de 46,7% das mulheres do Brasil já sofreram algum tipo de assédio sexual. Ou seja, conforme o levantamento, praticamente metade das brasileiras de todas as classes sociais, raças e orientações sexuais já tiveram de enfrentar abordagens inoportunas, muitas delas em locais públicos.
O assédio na rua nem sempre é fácil de identificar, mas é importante que toda pessoa saiba que sempre que for alvo de uma conduta indesejada verbal, não verbal ou física, de natureza sexual, trata-se de assédio. A regra implícita é: se uma mulher acha que algo não está certo, por exemplo, é porque provavelmente não está mesmo.
Alguns exemplos mais comuns, e que podem ocorrer num bar, na academia ou no transporte público, são quando a mulher sente que alguém encosta ou toca em seu corpo “acidentalmente” ou ouve comentários inapropriados e insinuações sexuais sobre sua aparência.
Para que todas as mulheres se sintam seguras nesse percurso sem que sofram com os impactos do assédio nas ruas, L’Oréal Paris uniu forças com a ONG Right To Be e, juntas, desenvolveram um conjunto de ferramentas comprovadas para ajudar as pessoas a intervirem com segurança quando são vítimas ou testemunhas de assédio em espaços públicos. No Brasil, a ONG Cruzando Histórias é o parceiro responsável pela capacitação, assegurando sua própria segurança e a dos outros ao seu redor.
L’Oréal Paris, marca feminista e ativista nº 1 do mundo, sempre buscou defender e celebrar o empoderamento das mulheres, apoiando-as em sua jornada de autorrealização de acordo com suas próprias regras e desejos.
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O Stand Up surgiu público e gratuito porque a marca e a ONG acreditam que ações de educação, prevenção e combate, quando colocadas em prática, ajudam na conscientização da sociedade sobre como tornar o mundo mais justo, mais inclusivo e respeitoso. Ambas acreditam que é dever de todos nós enfrentar o assédio em espaços públicos.
Treinamento essencial
O treinamento mais recente do programa Stand Up é “Como enfrentar o assédio nas ruas”, que já preparou mais de 2,7 milhões de pessoas no mundo. O conteúdo se apoia na triste estatística global de que 80% das mulheres já viveram alguma situação de assédio nas ruas, mas a maioria acaba não se posicionando por constrangimento, desconforto, sensação de impotência e até mesmo culpa.
O programa é um instrumento acessível de transformação social e tem como objetivo fortalecer as pessoas para que saibam identificar episódios de assédio e tenham resiliência para não ignorar o problema sem arriscar a própria segurança. Ele ainda orienta como as testemunhas podem se posicionar diante da situação.
O treinamento do Stand Up é pautado nos 5 Ds, um conjunto de ações comprovadas para o combate ao assédio:
– Distrair: forma indireta de desviar a atenção do que está acontecendo;
– Delegar: contar o que está acontecendo para alguém por perto ou alguma autoridade e perguntar se essa pessoa pode fazer algo a respeito;
– Documentar: fazer o registro para apoiar a vítima e perguntar o que ela quer fazer com a filmagem;
– Direcionar: falar diretamente com o assediador e pedir que ele deixe a vítima em paz;
– Dialogar: conversar com a vítima e mostrar o apoio que ela precisa.