HOME

Home

Brasil emite uma medida protetiva por minuto, mas tem 5 feminicídios por dia

Saiu no site D24 AM BRASIL

 

Até 24 de março deste ano, tinham sido emitidas 86.805 medidas protetivas; até 31 de março, 449 mulheres tinham sido assassinadas

 

Entre 1º de janeiro e 31 de março, 449 mulheres foram mortas no Brasil. A contagem de feminicídios é feita pelas universidades Estadual de Londrina (UEL), Federal de Uberlândia (UFU) e Federal da Bahia (UFBA).

 

O advogado criminalista e especialista em violência doméstica Rafael Paiva explica que o elevado número de feminicídios no Brasil justifica a necessidade de emissão de cada vez mais medidas protetivas.

“O que acontece é que muitas [medidas protetivas] são descumpridas pelos agressores. Então, nós temos, em alguns casos, um pedaço de papel chamado de mandado judicial de medida protetiva, que simplesmente é desconsiderado”, afirma Rafael Paiva advogado Criminalista e especialista em violência doméstica.

 

 

Na avaliação de Paiva, o agressor com intenção real de matar a companheira não respeita a medida. “Por isso, é importante ter, em alguns casos, dois pontos importantíssimos. O juiz tem de analisar se não é o caso de converter a medida protetiva numa prisão preventiva ou de decidir que o agressor use tornozeleira eletrônica”, acrescenta o advogado, que também é professor de direito penal, processo penal e Lei Maria da Penha.

A sugestão de monitorar eletronicamente os acusados por violência doméstica foi feita no mês passado pelo CNPCP (Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária), órgão do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O objetivo é garantir que as medidas protetivas de urgência sejam efetivas.

Após a recomendação, o R7 apurou que o Brasil precisaria comprar 399.882 tornozeleiras eletrônicas para cumprir a sugestão. Até dezembro do ano passado, data da atualização mais recente, o país tinha 153.509 equipamentos, segundo a Senappen (Secretaria Nacional de Políticas Penais).

 

 

 

“Nós já temos hoje tecnologia mais do que suficiente para mapear para onde o agressor está indo, inclusive com aviso à polícia, à guarda civil, quando se aproximar da vítima. Então, a medida protetiva, em si, é muito importante e funciona na maior parte dos casos. Mas, infelizmente, nesses casos mais graves, a única medida que funciona é a prisão ou, no mínimo, a tornozeleira eletrônica”, diz Rafael Paiva.

 

 

 

 

 

 

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Compartilhe

Compartilhar no facebook
Facebook
Compartilhar no twitter
Twitter
Compartilhar no linkedin
LinkedIn

Veja também

HOME