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Questão de gênero e o empoderamento da mulher negra é tema de debate

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Na noite desta segunda-feira (27), a defensora pública e coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher do Distrito Federal, Dulcielly Nóbrega, participou de audiência pública no plenário da Câmara Legislativa (CLDF), sobre as questões de gênero e o empoderamento da mulher negra. De acordo com o autor da proposta, deputado distrital Lira (PHS), o debate é imprescindível para garantir à mulher autonomia, direitos e participação política.

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“Precisamos unir forçar para mudar a realidade que a mulher negra ocupa nas principais estatísticas de subemprego, feminicídio e baixa escolaridade. Sobretudo, precisamos respeitar a mulher em todas as suas características independentemente de sua raça, cor, religião ou posição política. Elas merecem ser bem tratadas e bem remuneradas na profissão que escolheram”, declarou Lira.

Segundo dados do estudo “Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça”, divulgado em 2015 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as mulheres negras ocupam a maior taxa de desemprego – 12%, enquanto as mulheres brancas – 9,2%. A mulher negra é a que mais sofre violência – 1,40%, e o de mulheres brancas – 1,10%.

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Para a defensora pública Dulcielly Nóbrega, as mulheres negras são as mais vulneráveis em todos os aspectos. “Dentro de diversos fatores de desigualdade e opressão, nós podemos dizer que gênero e raça têm uma especial relevância. É o grupo de mulheres negras que tem o maior número de mortalidades infantil, são as que sofrem mais violência doméstica, feminicídio, que tem o pior acesso à saúde e educação”, esclareceu Nóbrega.

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A primeira juíza negra do Brasil, a ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, reforçou o discurso de empoderamento feminino. “Eu sempre digo: mulheres, venham comigo. Me acompanhem! Sejamos lutadoras por um mundo mais igual. Vamos à luta. A luta é da mulheres. Abordar questões de gênero e empoderamento da mulher negra é essencial, é providencial neste momento”, alertou a ministra.

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A jovem Mariana Mendonça, 17 anos, representou a juventude negra e contou que desde pequena aprendeu que é preciso lutar por igualdade.  “Aprendi a não ser só empoderada, mas forte e de axé. Pra mim, o empoderamento é você se libertar, você ser livre para o que quiser, ter o poder nas mãos para decidir sobre si. Nós precisamos da igualdade racial e religiosa. Temos a necessidade de respeito e tolerância”.

A presidente do grupo de embaixatrizes no Brasil, Jullie-Pascale Moudoute-Bell, a presidente do grupo de embaixatrizes africanas no Brasil, Neogilda Cosme e demais autoridades também participaram do evento.

Franciele Bessa

da Assessoria de Comunicação

Foto: Lúcio Cunha

 

 

PUBLICAÇÃO ORIGINAL: Questão de gênero e o empoderamento da mulher negra é tema de debate

 

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