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Sob pressão: Mulheres contam como a síndrome de burnout mudou o rumo de suas carreiras em razão do esgotamento

Saiu na Marie Claire

Um mercado de trabalho liderado por homens e a chamada dupla jornada, com acúmulo de tarefas domésticas e da carreira, têm levado cada vez mais mulheres ao burnout. Mais do que um diagnóstico individual, a exaustão de profissionais é um problema social, resultado de décadas de exploração dentro e fora de casa – e que só pode ser resolvido com políticas públicas e divisão igualitária nas famílias

 

Deborah Wright tinha 53 anos e o cargo de CEO em uma grande empresa de alimentos, posição que já exercia por mais de 15 anos, inclusive em outras companhias; Renata Corrêa tinha 33 e uma filha pequena e atuava como freelancer no setor audiovisual; Helloá Regina tinha 21 e dividia a rotina entre um emprego como funcionária pública na área de finanças e a Faculdade de Administração à noite.

Essas mulheres com idades, profissões e regimes de trabalho totalmente diferentes têm pouco em comum além de um diagnóstico: síndrome de burnout, ou síndrome do esgotamento profissional. As três contam que, por meses, ignoraram sinais como cansaço, distúrbios de sono, crises de ansiedade, dores de cabeça e no estômago e a sensação de que eram incapazes de cumprir tarefas simples. Até que o corpo passou por uma espécie de pane que as obrigou a fazer uma pausa forçada (mas não definitiva) na vida profissional.

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