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Os casos de estupro de vulnerável abrangem, além daqueles em que as vítimas têm menos de 14 anos, independentemente de eventual consentimento, situações em que o alvo não tem condições de oferecer anuência explícita ao ato sexual, seja por alguma enfermidade ou por estar sob efeito de álcool ou drogas, por exemplo. No episódio do Morro da Barão, constatou-se que, quando foi abusada, a adolescente estava desacordada após fazer uso de várias substâncias, o que por si só já caracteriza o estupro.
— Por isso é tão importante termos uma educação sexual abrangente sobre todas essas questões. As meninas hoje experimentam muito mais liberdade, o que é ótimo, mas os homens, infelizmente, ainda custam a compreender esse cenário. Muitas vezes, isso acaba se refletindo em violência — diz Luciana Terra Villar, uma das lideranças jurídicas dos movimentos Justiceiras e #MeTooBrasil, que acrescenta: — Não tem jeito, é um quadro que só vai ser contornado com um misto de conscientização e punição. Além claro, de acolhimento à palavra da vítima, para que elas se sintam encorajadas a denunciar.