Saiu na Elle
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Quando uma mulher sofre violência em casa, podem ser necessários anos para preencher a lacuna entre o momento em que ela procura ajuda pela primeira vez até a hora em que, enfim, consegue seguir em frente, deixando o episódio em seu passado. Nesse processo, a escuta empática, humanizada e sem julgamentos é uma etapa fundamental para as ONGs que oferecem atendimento à mulher. “Ninguém tem paciência com a mulher que sofre violência doméstica. Ela vai reclamar uma vez para alguém, a pessoa vai se sensibilizar, vai dar força para ela sair dessa situação. Ela vai reclamar uma segunda vez, já vai ouvir ‘eu já te falei o que você tem que fazer’. Na terceira, a pessoa já vai falar ‘você não larga porque você não quer'”, diz Samara Ribeiro, responsável pela gestão e liderança nacional da Rede de Apoio e Acolhimento do projeto Justiceiras.