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Queixas por falta de decoro crescem 200% entre deputados federais e 1.200% no Senado em uma década

Saiu no Jornal de Brasília

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Pelo menos no dicionário, a palavra decoro segue válida e com o mesmo significado: é sinônimo de recato no comportamento, decência, dignidade e honradez. Já nas mais variadas casas legislativas do País, o termo parece ter caído em desuso. Na Assembleia de São Paulo, o Conselho de Ética da Casa recebeu 73 denúncias por quebra de decoro parlamentar na atual legislatura. Antes de 2019 havia apenas duas. O cenário se repete em Câmaras Municipais e no Congresso Nacional, onde xingamentos, casos de assédio e ameaças à democracia e a opositores passaram a dividir espaço com debates de interesse da população.

Os processos abertos nas últimas semanas contra o deputado estadual Arthur do Val (União Brasil-SP) e o vereador Gabriel Monteiro (PL-RJ) ilustram um cenário que tem se acentuado nos últimos anos: a exposição negativa de parlamentos, já marcada por práticas como “toma lá, dá cá”, caixa 2 e corrupção. A diferença é que, agora, a origem das representações não passa necessariamente por escândalos financeiros, mas envolve desavenças ideológicas, polarização política e desvios públicos de comportamento.

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