Jornal do Oeste
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O estado é o quinto com mais encaminhamentos do Projeto Justiceiras, que acolhe as vítimas de forma gratuita e online. Em dois anos, foram 325 atendimentos, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia.
Criado para apoiar as mulheres que se viram isoladas com agressores no início da pandemia da Covid-19, o Projeto Justiceiras completa dois anos, neste dia 31 de março, com a marca de 9.483 a atendimentos e confirma o retrato da violência contra as mulheres no país: elas são agredidas dentro de casa por seus relacionamentos atuais ou anteriores, como ex-namorados ou maridos. Além do significativo número de atendimentos, o projeto se destaca pela grande adesão de voluntárias, quase 10 mil mulheres espalhadas em 27 países.
No Brasil, 3.934 mulheres em situação de risco fizeram seu primeiro pedido de socorro. Elas sofreram ameaças (55,75%), violência psicológica (82,99%), física (82,99%), sexual (52,57%) e patrimonial (68,44%), na maioria das vezes, dentro da própria casa (74,89%). Em cada dez mulheres, sete relataram situações de média e alta gravidade cometidos por seus atuais relacionamentos (40,41%) ou anteriores (37,86%).