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Dias de pavor e a busca pela ajuda: conheça histórias de mulheres que denunciaram a violência doméstica durante a pandemia

Saiu no G1

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Vítimas afirmam que crise econômica e maior convivência durante a pandemia agravaram situação em casa. Mulheres buscaram ajuda na Casa Help, abrigo para vítimas de violência doméstica no litoral de São Paulo. A Lei Maria da Penha completa 15 anos neste sábado (7).

Um dos maiores medos da mulher vítima de violência doméstica tem relação com o futuro. O que fazer quando sair de casa? Como sustentar seus filhos? E como manter a família segura e longe do agressor?

Esses pensamentos passaram pelas cabeças de Renata*, Maria* e Joana* nos últimos meses. Mas, mesmo assim, elas conseguiram buscar ajuda para fugir das agressões e dos abusos constantes dos seus companheiros.

Mesmo que por caminhos diferentes, as três chegaram à Casa Help, uma ONG que fornece abrigo para mulheres vítimas de violência doméstica no litoral de São Paulo.

A casa foi fundada por Rita de Cássia há 16 anos. Além de abrigar as mulheres, a Help as ajuda a procurar emprego e a montar uma casa para que elas possam retomar a vida longe do agressor. Desde que foi fundada, Rita conta que já montou quase 1,8 mil casas.

Ela diz que, desde que a pandemia começou, os pedidos de ajuda aumentaram bastante.

“Dentro do ciclo familiar, gerou-se o desemprego, a falta de alimento e de estrutura para o pagamento de contas fixas, e isso vai gerando um fluxo enorme de agressividade. Então, às vezes, situações que eram apenas de violência psicológica e moral passam para a violência física”, diz Rita.

Um levantamento do Monitor da Violência aponta que o número de medidas protetivas solicitadas no primeiro semestre deste ano aumentou 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Foram mais de 190 mil pedidos de janeiro a junho de 2021, contra cerca de 170 mil do ano passado. Isso significa que uma medida protetiva foi pedida a cada 80 segundos no Brasil. A cada hora, são solicitadas 45 medidas protetivas.

Rita afirma que este número já é assustador, mas diz que, na realidade, ele é muito maior. “A gente percebe que o reflexo da violência é muito maior [do que o número oficial]. Você pode pôr aí três vezes o que é apresentado. O número é altíssimo”, diz. Isso porque, segundo ela, muitas mulheres desconhecem seus direitos e os deveres dos órgãos públicos nestas situações de violência doméstica, bem como a existência de instrumentos como a medida protetiva.

Além disso, Rita diz que a subnotificação é alta por conta do medo e da impunidade. “Vários fatores fazem com que ela não procure a Justiça. Ela vai na delegacia fazer um boletim de ocorrência, mas ela tem a noção de que o agressor não vai ser preso”, afirma.

“Às vezes, não tem pessoas qualificadas lá [na delegacia] para fazer esse atendimento. São atendidas por homens. Elas estão com aquele repúdio do machismo, da dor que elas estão enfrentando e ainda têm que transmitir isso para um homem”, diz Rita.

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