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Entenda como a misoginia contra mulheres negras oprime atletas

Saiu na CNN

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Naomi Osaka descobriu como é estar no limite das regulamentações de um órgão esportivo nos últimos meses.

A tenista quatro vezes campeã de Grand Slams se recusou a comparecer a entrevistas coletivas quando começou sua campanha em Roland Garros em junho – citando a importância de proteger sua saúde mental e abordar o peso que as entrevistas representavam para ela.

Os organizadores do torneio responderam o boicote multando a número 2 do mundo em US$ 15.000 e ameaçando expulsá-la de futuros Grand Slams, após considerarem sua recusa de participar de coletivas como uma falha de cumprir “obrigações contratuais com a mídia”.

Naomi tomou a decisão de se retirar de Roland Garros por completo e deixou de competir também em Wimbledon, antes de retornar para jogar nas Olimpíadas de Tóquio.

O que aconteceu com Naomi fez com que os organizadores do tênis sofressem críticas em relação à forma como lidaram com a situação, ao passo que fãs de tênis em todo mundo cobraram que a organização tivesse adotado uma abordagem mais empática e sensível, já que Naomi estava lidando com problemas de saúde mental.

Na verdade, logo depois que Naomi disse que não falaria com a imprensa em Roland Garros, a conta oficial do Aberto da França no Twitter postou uma mesangem (que depois acabou sendo excluída) com fotos de quatro outros jogadores em interações com a mídia – Coco Gauff, Kei Nishikori, Aryna Sablenka e Rafael Nadal – que trazia a legenda: “Eles entenderam a tarefa”.

O tuíte parecia ser uma indereta a Naomi e a sua decisão de não falar com a mídia. Foi considerado por vários ex-tenistas e especialistas como insensível – e a ex-campeã de duplas Rennae Stubbs disse que a postagem poderia fazer Naomi “se sentir culpada” e descreveu a situação como “humilhante” para ela.

E embora a regra em si – na qual os jogadores são obrigados a participar de coletivas de imprensa durante o torneio – possa não ser racista ou misógina, o contexto em que Naomi se viu punida e aparentemente ridicularizada pelas autoridades do tênis faz parte de um padrão em que as mulheres negras em esportes de elite estão sujeitas a um escrutínio severo.

 

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