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Ainda há muitas barreiras no mercado para a ascensão das mulheres a cargos de liderança. É o que mostra um levantamento feito pela BR Rating, primeira agência de rating de governança corporativa do país.
De acordo com uma pesquisa feita com 486 empresas — que empregam de 200 a 10 mil funcionários, sendo 59% de nacionais e 41% multinacionais —, apenas 3,5% das companhias têm CEOs mulheres e 16% têm mulheres em cargos de diretoria. Já 19% das corporações têm mulheres em cargos de gerência. As informações são da analista de economia da CNN Priscila Yazbek
A baixa presença feminina também fica evidente na comparação entre mulheres e homens em quadros executivos: 42% das empresas contam apenas com homens em cargos executivos, enquanto 56% das companhias têm homens e mulheres ocupando essas vagas. Apenas 2% das empresas têm apenas mulheres em quadros executivos. Na média, o total de mulheres em cargos executivos é de 23%.
Para a CEO da Vá de Táxi, Glória Miranda, os números refletem a necessidade de formações melhores para as mulheres desde o ensino básico até a pós-graduação.
“Percebemos que existe um hiato nessa formação educacional das mulheres e homens que acaba afetando o alcance delas nos cargos de gestão”, avaliou. “Existe também a questão da maternidade, pois muitas mulheres que têm filhos acabam precisando se afastar dos empregos e têm dificuldade de recolocação.”
A discussão da participação feminina em cargos de lideranças nas empresas aumenta com a preocupação com os critérios sustentáveis, sociais e de governança. No começo do ano, o CEO da BlackRock já tinha falado que o tema ia ganhar importância com a pandemia.