Saiu no DIÁRIO DO NORDESTE
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Esta semana, a Casa da Mulher Brasileira completou três anos de existência aqui no Ceará. Nesse período, foram mais de 95 mil mulheres atendidas. Hoje, quando olho para a Casa, penso como vivemos tanto tempo sem um equipamento como esse. Em um só espaço, todo Sistema de Justiça está reunido pronto para receber as mulheres – e seus filhos e filhas – que têm suas vidas ameaçadas pelo machismo que ronda nossos cotidianos. Ao mesmo tempo, há apoio psicossocial e capacitação profissional para elas, ou seja, o primeiro e o último passo para o rompimento desse ciclo de violência.
Não me privo de dizer que muitas dessas mulheres tiveram suas vidas salvas pelo apoio e acolhimento encontrado na Casa. Acredito que a cada mandado cumprido, a cada medida protetiva expedida, a cada pedido de pensão deferido, estamos trabalhando para desmantelar o machismo ainda tão presente e tão violento da nossa sociedade. São mulheres trabalhando para salvar outras mulheres. É algo de pura potência e inspiração!
A pandemia nos trouxe uma série de notícias acerca do aumento da violência contra as mulheres. Em casa – trancadas com aqueles que deveriam ser seus companheiros, mas eram agressores – elas se viram com dificuldade de pedir ajuda. As notícias também apontam que a situação de estresse, de isolamento social potencializou esse comportamento masculino tóxico.