Saiu no JORNALISMO QUE CORREM
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Muita gente está falando em ir pra rua neste domingo, 15 de março. Já demos uma boa opção para quem está precisando de uma causa para a data (confira aqui a bela fábula política e as indagações do companheiro Paulo Vieira).
Estar insatisfeito com os rumos da política nacional é uma coisa. Xingar uma mulher de vaca, vagabunda, piranha ou puta é só machismo mesmo. E não tem nada a ver com as habilidades de um governante (ou a falta delas).
O que nos leva à segunda dica para esse final de semana: a Corrida Contra Violência Doméstica, que acontece no Obelisco do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, às 7 horas da manhã.
O evento faz parte do Movimento pela Mulher, liderado pela Promotora de Justiça Maria Gabriela Prado Manssur, e pretende conscientizar a sociedade e o poder público sobre o tema.
É possível correr 5 ou 10K nas categorias masculino e feminino e parte do valor das inscrições será revertida para projetos sociais. O público esperado é de cerca de 2,5 mil pessoas.
Manssur é corredora da pesada e defende que esporte é um dos meios de empoderamento da mulher e recuperação da autoestima para aquelas que sofrem violência, seja física ou psicológica. Ela corre há 20 anos é fã da meia maratona: seu melhor tempo foi em Buenos Aires, 2013, com 1h36.
“A ideia de realizar a corrida surgiu quando percebi os benefícios que a corrida produzia em mim, já que trabalhando como promotora de justiça lido diariamente com casos graves de violência contra a mulher. Sinto prazer, alívio e uma satisfação pessoal quando estou treinando”, conta.
A partir de então pensou em uma maneira de incentivar outras mulheres a praticar a corrida, para tentar ajudá-las a romper o ciclo da violência a que estão submetidas. “Na minha visão a atividade física empodera a mulher porque ela se sente bem e tem a certeza que pode superar os desafios não só da corrida, mas da vida.”
Segundo dados da Secretaria de Políticas para as Mulheres, a cada 2 minutos 5 mulheres são espancadas. A cada 90 minutos 1 mulher é assassinada e 1 em cada 5 mulheres sofre algum tipo de violência. Precisa dizer mais?