Saiu no CINESET
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Como é praxe da Academia, produções muito elogiadas e sem espaço nas categorias de Melhor Filme e Direção acabam sendo recompensadas entre os roteiros. “Chinatown”, “Um Dia de Cão”, “O Piano”, “Fale com Ela” e “Corra” são bons exemplos disso e, agora, “Bela Vingança” se junta a eles.
A Emerald Fennell mantém a acidez de “Killing Eve” para tocar na cultura do estupro e do machismo em “Bela Vingança”. De forma sarcástica, ela apresenta as inacreditáveis táticas usadas por muitos homens para comportamentos inaceitáveis e ironiza as velhas desculpas quando eles são confrontados com seus atos. Para completar, traz ainda uma protagonista complexa no dilema entre se vingar e seguir adiante.
Há quem aponte os furos na reta final como um grande problema. Eles, de fato, realmente existem e deixam o filme confuso, porém, as qualidades são superiores. Ser um filme que incomoda tantos homens mostra como “Bela Vingança” apresenta verdades inconvenientes para muita gente.