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Após ter sua casa invadida pelo ex-companheiro em abril, *Fernanda, moradora do Rio de Janeiro e que prefere não se identificar, escreveu para o projeto Justiceiras pedindo ajuda.
“Eu pedi socorro para as Justiceiras”, diz. “Eu pedi para elas me orientarem, porque eu estava muito nervosa. Pedi socorro, ajuda: ‘Ele veio aqui e não sei como ele conseguiu acesso ao condomínio. O que eu faço?’”
Fernanda foi orientada a fazer um boletim de ocorrência virtual. Depois, ela teve que comparecer em uma delegacia da mulher para dar prosseguimento ao registro feito pela internet. Poucos dias depois, ela recebeu a medida protetiva contra o agressor na porta de sua casa. Agora, o agressor não pode mais se aproximar em menos de 300 metros da vítima nem de sua família.
O projeto Justiceiras é uma rede formada por mais de 1500 profissionais voluntárias do Brasil inteiro, como promotoras, médicas, assistentes sociais, entre outras, que oferece ajuda jurídica e psicológica à vítimas de violência doméstica.
A idealizadora do projeto Justiceiras é a promotora de Justiça de São Paulo, Gabriela Mansur. Ela explica como funciona o pedido de ajuda.
“Ela [vítima] pode mandar uma mensagem para o número de whatsapp. Automaticamente, ela vai receber um link, que é um formulário básico que ela preenche”, explica a promotora.
“Já recebemos mais de 2 mil chamados e já encaminhamos 500 vítimas para atendimento jurídico, psicológico, socioassistencial e para uma rede de acolhimento, como se fosse a melhor amiga segurando na mão dessa mulher”, fiz Mansur.
A promotora lembra que, mesmo durante a quarentena nos estados, medida para diminuir a transmissão do coronavírus, as delegacias da mulher estão funcionando normalmente.
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