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O programa Bem Viver desta quinta-feira (11), Dia da Menina e da Mulher na Ciência, aborda as barreiras machistas e racistas nos espaços da cientificidade e trabalho. A edição também adentra as adaptações para celebrar o carnaval em casa, sem aglomerações.
Para abrir, a pesquisadora Camila Malta Romano concedeu entrevista sobre os desafios para uma equidade de acesso aos espaços acadêmicos e de trabalho.
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Dados de 2020 mostram que as mulheres constituem 43% da população de pesquisadores no Brasil. No entanto, o recorte por idade e área de pesquisa aponta para diferenças discrepantes.
“Entre as mulheres jovens que fazem doutorado, mestrado e pós-doutorado, é quase 44%, o que diminui entre mulheres que coordenam grandes projetos, aí é menos de 20%”, afirma Camila Romano, que é do Laboratório de Virologia do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
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O programa também adentrou a interseccionalidade de raça neste Dia da Menina e da Mulher na Ciência. Para tanto, é apresentado o grupo de extensão Meninas e Mulheres nas Ciências, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A iniciativa produz uma série de materiais didáticos e lúdicos que nos permitem entrar em contato com trajetória e conquistas de mulheres na ciência.
“Ainda temos um número muito pequeno de cientistas negras ocupando as Universidades, os espaços da ciência, os grandes espaços da comunidade científica”, afirma Camila Silveira, docente do curso de Química da UFPR e coordenadora do grupo de pesquisa.
Carnaval sem contaminação
A permanência das medidas sanitárias no período carnavalesco também entrou na pauta. Assim, o Bem Viver apresentou um trecho do programa Radinho BdF, também produzido pelo Brasil de Fato, que traz relatos sobre os preparativos de crianças para as festas caseiras e sem aglomerações.
Ainda no tema carnaval, a edição apresenta o projeto Nos Trilhos do Samba Paulista, que mergulha em um resgate histórico da manifestação cultural nos últimos anos do século XIX.
A iniciativa é de pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp) e faz um mapeamento que relaciona a constituição do samba paulista com a construção da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil, que liga as cidades de Bauru (SP) e Corumbá (MS), já na divisa com a Bolívia.