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Ao retratar suas histórias mais íntimas e dolorosas, a indiana-canadense Rupi Kaur ganhou o mundo com sua poesia. Não estava nos seus planos, mas desde 2014, quando seu primeiro livro foi lançado, ela vendeu oito milhões de exemplares e foi traduzida para 40 idiomas.
Sua obra de estreia, “outros jeito de usar a boca”, chegou ao Brasil em 2017 e, junto com seu segundo livro, “o que o sol faz com as flores”, vendeu meio milhão de cópias no país, que se espalharam pelas cabeceiras de leitoras vorazes e serviram de inspiração para outras tantas se aventurarem na escrita.
Síndrome do impostor: por que tantas mulheres ainda se sentem programadas para desacreditar da própria capacidade?
Mas todo o sucesso não livra Rupi das inseguranças e das dúvidas sobre si mesma e seu trabalho. Em seu terceiro livro, “meu corpo minha casa” (Planeta, 2020), ela expõe em seus poemas as dificuldades em lidar com a depressão, a ansiedade e a pressão em continuar escrevendo “algo que as pessoas queiram ler”. A escritora revela sofrer constantemente da síndrome da impostora, tão comum às mulheres.
— A síndrome da impostora vem do fato de ouvirmos constantemente que não somos o suficiente. O mundo passa muito tempo nos dizendo isso. Não vivemos em um mundo que incentiva as mulheres — diz a autora.