Saiu na ISTOÉ
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Enquanto uma parte das mulheres discute o tabu e os mitos que permeiam a menstruação, com a possibilidade de se reconectarem com a essência feminina, outra parcela da população não tem acesso ao básico para manter a rotina mensal de higiene que o período exige, como um absorvente, por exemplo. Para muitas, o produto ainda é artigo de luxo. Um pacote com 30 unidades custa, em média, R$16. Muitas vezes não é suficiente para o ciclo, então, é preciso comprar dois. São mais de 30 reais em um artigo de higiene básica. Um item.
Em 2014, a Organização das Nações Unidas reconheceu que o direito das mulheres à higiene menstrual é uma questão de saúde pública e de direitos humanos. A ONU estima que uma em cada dez meninas perdem aula quando estão nesse período. Você já pensou como é para uma garota, que vive em uma situação vulnerável, ir para a escola sem ter dinheiro para comprar a proteção íntima todos os meses?
Victória Dezembro refletiu tanto sobre o assunto que decidiu criar o Projeto Luna assim que voltou ao Brasil após uma temporada de estudos em Florença, na Itália. “A pandemia acentuou a necessidade das mulheres em situação de vulnerabilidade econômica a escolherem se compram comida ou gastam o pouco dinheiro que têm com artigos de higiene menstrual. Foi aí que coloquei o Projeto Luna na rua”, afirma.