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Apesar do anúncio dos excelentes resultados obtidos pela CoronaVac ter sido feito com somente uma mulher na equipe, são as cientistas e pesquisadoras que movem a pesquisa no Brasil. Tal afirmação foi feita justamente pela mulher presente na divulgação da vacina do Instituto Butantã: Dra. Rosana Richtmann é medica e diretor clínica do instituto de Infectologia Emílio Ribas há mais de 35 anos – e, em entrevista para reportagem de Júlia Flores, do Universa, no UOL, Richtmann reiterou a alegria em participar do anúncio, mas apontou a incongruência: “A maior parte das pessoas envolvidas em ‘carregar o piano’ da pesquisa são mulheres. Mas parece que, na hora de mostrar a vacina, essa proporção foi embora”, afirmou.
Ao longo dos anos, a médica já enfrentou a pandemia de H1N1, zikavírus, e tem no enfrentamento ao HIV o maior desafio de sua carreira – mas participar do desenvolvimento da
vacina em parceria com o Instituto Butantã foi para ela um processo histórico. Eu estava muito feliz, o momento foi especial. Mas eu tento separar política de
ciência. Então eu estaria muito contente na comunicação de qualquer vacina desse país, porque eu acredito na ciência, acredito na imunização”, disse.Além do fato de ser a única mulher presente (“Óbvio que o governo do estado, e mesmo que fosse a nível federal, teria que colocar uma mulher no evento, até para evitar críticas”, ela disse), Richtmann também ressaltou o elogio que recebeu do governador João Dória, por ser “mulher e mãe”. Infelizmente nós, mulheres, temos uma vida mais complicada, porque tocamos a vida de mãe, de dona de casa, de tudo. É muito mais difícil para nós conseguirmos focar nos nossos estudos e também cumprimos essas outras demandas”, disse, “Na coletiva, tinham vários homens lá e nenhum foi elogiado por ser pai”, concluiu.
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